Ecourbis
Cinco dicas para um verão sustentável
A pandemia trouxe muitos desafios e dificuldades à humanidade, com prioridade para valorização da vida e despertando o olhar para a necessidade de respeitar a natureza de forma mais complexa e contínua.
Ao mesmo tempo, a humanidade passou a gerar mais resíduos com o descarte de produtos de plástico e de uso único, pela necessidade de manter a higiene e evitar contaminações. Do plástico das embalagens de delivery às máscaras descartáveis, foram geradas toneladas de lixo seja no ambiente doméstico, industrial, público ou hospitalar.
A economia está em processo de retomada, mas os ensinamentos da pandemia podem gerar importantes mudanças de comportamento. Se por um lado o descarte de itens cotidianos continua sendo inevitável, por outro podemos prestar mais atenção naquilo que consumimos e investir em uma conceito ainda pouco divulgado mas que nem é tão complicado assim de, aos poucos, ser inserido em nossa vida: a economia circular.
Basicamente, a ideia é simples: consumir é inevitável e, inclusive, importante para a geração de empregos e renda. Mas, tudo que compramos no dia a dia pode e deve voltar à cadeia produtiva pelo reaproveitamento ou reciclagem .
Da embalagem do produto adquirido aos resíduos, tente reaproveitar ao máximo e descartar o mínimo de cada item. Seja aprendendo receitas com cascas e talos, seja doando itens não mais utilizados, seja encaminhando para a coleta seletivo todo material passível de reciclagem, evite a geração de lixo em casa.
A lógica vale também para presentes, ceias de festas de fim de ano, turismo.
Siga algumas dicas simples para encarar esse fim de 2021.
1. Aproveite o destino de férias
Vai viajar? Lembre-se que a cidade que te recebe como turista vai ter acréscimo na geração de lixo pela população que sequer vive ali.
Boa parte do lixo encontrado nos oceanos de todo o planeta hoje é formada por plástico descartável: embalagens de sorvete, sacolinhas de supermercado, garrafinhas pet, copos descartáveis… Tudo se acumula no mar comprometendo a vida marinha e trazendo consequências para toda humanidade – do pescador que tem seu trabalho comprometido ao consumidor de peixes e frutos do mar que passa a ingerir microplástico.
Assim, além de evitar gerar resíduos, recolha sempre qualquer quantidade de lixo em praias, montanhas, cachoeiras… O programa “verão no Clima”, do Governo do Estado, em edições anteriores retirou mais de 5 toneladas de pequenos resíduos só das praias e esse ano a ação terá como foco educação ambiental e prevenção à Covid.
Vale destacar a ideia básica de que quem não cuida do lixo na praia, também não cuida na cidade, em casa. E vice-versa.
Se permanecer na cidade, mas for visitar praças, parques e represas, mantenha a mesma lógica. Promover piqueniques com a família não só é um programa divertido, como também pode ser educativo, especialmente para as crianças. Valorize os alimentos naturais, evite sacolas e outros itens descartáveis e ensine a recolher todo a sujeira.
2. Faça compras inteligentes
Seja para sua casa, para você mesmo ou para presentear, estabeleça alguns critérios na hora de fazer compras.
Valorizar marcas e produtos que se preocupam com a preservação ambiental é um bom passo inicial, bem como evitar e entrar em contato com aquelas que produzem itens de baixa durabilidade ou com excesso de embalagens. Por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor, envie sugestões e pedidos para melhorias de produtos, questione sobre o destino correto do item pós consumo.
Outra atitude inteligente é comprar, ao menos alguns itens, em bazares de instituições que precisam de seu apoio. E quanto aos enfeites de Natal, reaproveite itens usados na semana passada ou guarde itens comprados esse ano para as próximas edições.
Itens que no futuro se tornarão lixo eletrônico – como celulares, laptops, brinquedos movidos a pilha ou bateria – só devem ser trocados por necessidade. E cuide sempre de doar ou dar destino correto ao produto que será substituído.
A reciclagem de tecidos ainda é muito incipiente, por isso valoriza roupas de boa durabilidade e doe as que não tem mais uso para outras pessoas ou instituições.
3. Evite o excesso de alimentos
É quase um consenso entre as famílias que há um exagero na compra e preparos de alimentos para ceias de fim de ano. Planeje as compras para não exagerar nos itens perecíveis que podem acabar no lixo sem sequer terem sido usados no preparo das refeições.
Valorize alimentos leves e naturais, evite os industrializados que, além de mais pobres em termos nutricionais, resultam na geração de mais lixo.
As sobras da noite devem ser distribuídas entre os convidados e reaproveitadas nos dias seguintes.
4. Organize o lixo
Na hora dos presentes, procure usar embalagens que podem ser reaproveitadas no futuro. Bonitas caixas de papelão, sacolas que podem transportar itens cotidianos, potes e latas decorados…
Não use itens que sequer podem ser reciclados, como papel celofane ou papel espelhado, isopor. Até o presente precisa ser pensado – sabia, por exemplo, que canecas de porcelana ou cerâmica quando quebradas não podem ser recicladas?
E por falar em reciclagem, esse é um importante conceito quando se fala em economia circular, ou seja, que os itens comprados e usados possam, de alguma forma, retornar ao ciclo de consumo.
Então, todos os papeis limpos – como papéis de presente, caixas, embalagens limpas de papelão em geral, inclusive longa vida – podem ir para a reciclagem. O mesmo vale para garrafas pet, potes e itens plásticos. Latas de ferro e alumínio, como as de refrigerante, sucos e cervejas, também. Garrafas e outras embalagens de vidro também, mas cuidado na hora de embalar – é igualmente possível levar a pontos de entrega voluntária ou estações de reciclagem como as existentes em algumas redes de supermercados.
Lembre-se de enxaguar antes de ensacar. Todos os materiais recicláveis podem ser ensacados juntos, pois serão posteriormente triados.
Para saber em que dia e horário a coleta é feita na rua onde mora, basta acessar www.ecourbis.com.br/coleta/index.html. A concessionária Ecourbis Ambiental é responsável pelo serviço de coleta seletiva e coleta domiciliar tradicional nas zonas Sul e Leste da cidade. Faz também a coleta e destinação correta dos resíduos de saúde da capital, operação do aterro sanitário CTL Leste e monitoramento de três outros aterros desativados.
Já o lixo orgânico (restos de comida) e os rejeitos (lixo de banheiro, bitucas de cigarro, espetos de churrasco, embalagens e papéis engordurados) devem ser bem ensacados de forma a não gerar excesso de peso e permitir o fechamento correto dos sacos. Depois, no mesmo site – www.ecourbis.com.br/coleta/index.html – é possível conferir a data e horário da coleta regular de lixo na via onde mora.
5. Fique atento às chuvas
Vale ainda ressaltar a importância de embalar de forma adequada o lixo e deixá-lo na rua no horário correto por conta do clima.
As chuvas intensas e tempestades repentinas que costumam ocorrer nessa época podem gerar enxurrada que carrega o lixo para córregos, galerias pluviais e piscinões, comprometendo a capacidade de escoamento da cidade.
Assim, fique atento ao horário da passagem do caminhão de coleta, tanto tradicional quanto reciclável. E recolha os sacos de lixo se perceber que uma forte chuva se aproxima.
Não use caixas ou outro material que pode não resistir às chuvas. E nunca jogue nenhum tipo de lixo nas vias públicas, beiras de córregos ou praças.