Urbanismo
Ciclovia da Paulista ainda não está interligada à região
Foi inaugurada na manhã do último domingo, 28, a Ciclovia da Avenida Paulista. E quem passou por lá depois da festa, pôde constatar: é grande o número de pessoas já aproveitando o novo trajeto e o movimento é intenso o dia todo.
Mas, quem quer aproveitar a pista para se deslocar da região do Jabaquara e da Vila Mariana para acessar a avenida mais famosa da cidade tem que se arriscar, ainda, por trechos sem a sinalização adequada. Isto porque o trecho da Avenida Bernardino de Campos, no Paraíso, ainda está em obras e não foi divulgada a data de conclusão.
Ao iniciar as obras da ciclovia na Paulista, no final do ano passado, a previsão era mesmo de concluir o trecho da Paulista até meados de 2015. Na Bernardino, as obras são diferentes: especialmente porque a via não contava com calçadas reformadas e porque o canteiro central está repleto de grandes árvores.
De acordo com a Prefeitura, ali haverá implantação de dutos para passagem de fibra ótica e cabeamento sob o canteiro centra, como na paulista. Mas a requalificação urbanística vai além, com iluminação reforçada no canteiro central, implantação de totens de sinalização e de informações e reforma das calçadas. As árvores existentes serão preservadas.
A ciclovia da Avenida Paulista será interligada à da Vila Mariana e Jabaquara, quando concluído o trecho Bernardino. Na Vila Mariana, já existe ciclovia, embora não no mesmo formato da Paulista, passando por vias como Vergueiro, Domingos de Moraes, rua Madre Cabrini, diversas vias da Vila Clementino, até acessar novamente o chamado “espigão da Paulista”, no entroncamento da Alameda das Boninas com a Avenida Jabaquara, na região da Praça da Árvore.
Como o “espigão” é uma área relativamente plana, bem sinalizada e iluminada, a expectativa é que a conclusão do trecho Bernardino de Campos estimule ainda mais o uso da ciclovia da Avenida Paulista e, consequentemente, dos trechos já existentes na Vila Mariana e no Jabaquara.
A nova via exclusiva para bicicletas na Paulista tem 2,7 quilômetros de extensão, da Praça Oswaldo Cruz à Avenida Angélica. Foi construída com concreto pigmentado, método que confere maior durabilidade, regularidade e resistência ao piso. Alguns trechos, próximos a semáforos, ganharam grades para a proteção dos ciclistas. A sinalização semafórica foi sincronizada para o fluxo de bicicletas.
Entre a Praça Oswaldo Cruz (no Paraíso) e a Rua Haddock Lobo (Consolação), o percurso é bidirecional, no canteiro central, com elevação de 18 centímetros em relação às pistas, e nivelamento apenas nos cruzamentos. Quando o canteiro central termina e dá lugar ao Túnel José Roberto Fanganiello Melhem (Complexo Viário Paulista), a ciclovia continua bidirecional na faixa da esquerda, até a Rua da Consolação, e segue à direita entre a Consolação e a Avenida Angélica.
O espaço destinado aos pedestres não foi alterado.