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Trânsito

CET gasta em sinalização apenas 5% do que arrecada com multas na cidade

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A coluna de Monica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, informou esta semana: a CET arrecada em média 300 milhões de reais com multa. Deste total, apenas 15 milhões – ou 5% – serão aplicados em projetos de sinalização na cidade ao longo do ano. Na semana passada, o jornal São Paulo Zona Sul começou a debater a falta de faixas de pedestres na cidade, além de outras sinalizações que garantiriam a segurança da população. Segundo a empresa, cerca de 350 mil metros quadrados de nova sinalização horizontal (no solo) serão implantados com esta verba. No primeiro semestre de 2010, foram 210 mil m² de nova sinalização de solo em cerca de 2.200 projetos.

A Companhia de Engenharia de Tráfego defende, de qualquer forma, o projeto Travessia Seguro, programa que envolve 120 orientadores de travessia nos cruzamentos mais perigosos e que abordam não só pedestres e motoristas ocmo a comunidade do entorno.

Mas, a empresa admite que não é o suficiente para os 17 mil quilômetros de vias da cidade e diz que são priorizadas as proximidades de hospitais, escolas e locais com grande concentração de pedestres.

Em nota ao São Paulo Zona Sul, a empresa ainda defende sua atuação. “A missão da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo é prover a mobilidade no trânsito com segurança. Para tanto, a CET valoriza, em primeiro lugar, a vida e a segurança dos pedestres, motoristas, motociclistas, ciclistas e todos os protagonistas do trânsito na cidade. Através de uma Gerência de Segurança a CET trabalha para reduzir o número de vítimas fatais de acidentes de trânsito. É importante destacar que, de 2008 para 2009, a quantidade de mortes caiu de 1.463 para 1.382, o que representa 81 vidas poupadas. Pela primeira vez, conseguiu-se diminuir a quantidade de motociclistas mortos, com 50 vítimas fatais a menos em 2009”.

Outra queixa frequente de leitores da região está relacionada à demora na sinalização de vias que receberam recapeamento. A avenida Bosque da Saúde, no trecho entre Ricardo Jafet e Cursino, ficou mais de quatro meses sem sinalização. Já na Cidade Vargas, a Avenida Getúlio Vargas Filho ficou três semanas sem pintura. A empresa justifica que fatores como a secagem do asfalto – que demora, em média, três semanas – e as chuvas podem exigir a reprogramação dos prazos. Pior ainda é a situação da Avenida dos Bandeirantes. Lá, o recapeamento tem sido feito de forma parcial e a sinalização está apagada antes mesmo dessas obras. Durante esse período, os motoristas reclamam que o tráfego está confuso e que “fechadas” são constantes. Segundo a CET, a Avenida dos Bandeirantes começou a receber a nova sinalização horizontal no último dia 16 de agosto. O projeto que está sendo executado lá contempla também as faixas de pedestres existentes antes do recapeamento.

A CET ainda informa que os serviços de implantação e manutenção da sinalização horizontal são realizados dentro de um planejamento mensal. Assim, os locais onde as sinalizações – sejam elas horizontal, vertical ou semafórica – serão implantadas são definidos e priorizados de acordo com as necessidades efetivas, levando-se em consideração a segurança dos condutores e pedestres, as condições do local e as condições climáticas.

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