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Esporte

Centro paralímpico: obras estão aceleradas

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Os números impressionam: são quase mil trabalhadores em ritmo intenso, erguendo aquele que será o maior legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para o país em termos de esportes adaptados de alto rendimento. Ali, o Governo Federal está investindo R$ 265 milhões em obras e outros R$ 24 milhões em equipamentos. Como a obra é em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, dos cofres paulistas também saem R$ 120 milhões em obras e outros R$ 4 milhões em equipamentos.
O Centro Paralímpico Brasileiro está sendo construído ao lado da Rodovia dos Imigrantes, na Água Funda, e trará impactos a vários bairros do Jabaquara como Cidade Vargas, Vila Fachini e Vila Guarani. A expectativa – confirmada pelo Ministério dos Esportes – é de que fique pronto em junho próximo. E pelo andar da carruagem o prazo realmente será cumprido.
O esqueleto do novo projeto já está bem visível e o panorama do bairro já mudou. Por se tratar de uma obra de grande porte, o jornal São Paulo Zona Sul está investigando os impactos positivos e negativos que o novo e mega empreendimento poderá representar para a região. Por isso, inicia esta semana uma série de reportagens sobre o novo Centro de Treinamento, localizado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga.
Segundo o Ministério dos Esportes, o CT será o principal centro de excelência em esportes adaptados de alto rendimento do Brasil e da América Latina e um dos melhores do mundo. Vai abrigar 15 modalidades paraolímpicas: Atletismo; Basquete em cadeira de rodas; Bocha; Natação; Esgrima em cadeira de rodas; Futebol de 5; Futebol de 7; Goalball; Halterofilismo; Judô; Rúgbi; Tênis; Tênis em cadeira de rodas; Triatlo; e Voleibol sentado.
Sua concepção segue o que já foi realizado em países que são potência no esporte adaptado, como China, Coreia do Sul e Ucrânia, concentrando as modalidades em um só local. O Brasil é também considerado uma das potências do esporte paraolímpico mundial: ficou com o nono lugar em Pequim 2008; e subiu para o sétimo em Londres 2012. A meta da delegação paralímpica brasileira é alcançar o quinto lugar em medalhas nos Jogos Rio 2016.
O Ministério dos Esportes investe na ideia que o Centro em São Paulo, que abrigará a reta final da preparação da delegação brasileira que vai disputar os Jogos do Rio de Janeiro, será relevante para manter essa performance ascendente e alcançar a meta de ficar entre os cinco primeiros.
O centro de treinamento é parte do Plano Brasil Medalhas 2016 – programa do governo brasileiro para incrementar a preparação dos atletas do país aos Jogos Rio 2016 – e está incluído no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). O ministério ainda afirma que além de servir para treinamentos e competições, o novo CT vai proporcionar intercâmbios de atletas e seleções; formação de técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais; e desenvolvimento das ciências do esporte, no conceito de atuação interdisciplinar envolvendo medicina, fisioterapia, psicologia, fisiologia, biomecânica, nutrição e metodologia do treinamento. Outro objetivo é apoiar países da América Latina e da África no desenvolvimento do esporte paraolímpico e na preparação de diversas gerações de atletas.
O Centro Paralímpico Brasileiro terá instalações esportivas indoor e outdoor, alojamentos para 280 pessoas, refeitório e lavanderia e o Centro de Medicina e Ciências do Esporte, além de academia e vestiários.

 

 

Construção de alça de acesso a viaduto está parada há anos

Uma das maiores preocupações com relação ao novo Centro Paralímpico em construção no Jabaquara é com relação ao acesso – seja por transporte público ou individual, já que ele está sendo construído em área junto ao Parque das Fontes do Ipiranga, ou seja, fora da área urbana servida por linhas de ônibus ou metrô.
Para complicar ainda mais, o viaduto que leva ao local não tem uma das alças viárias que permitiria acesso diretamente, sem passar pelas vias internas de bairros como a Cidade Vargas.
Projeto ainda da década de 1970, a alça começou a ser construída na gestão José Serra na Prefeitura, quando foram até desapropriadas e demolidas residências. Mas, em pouco tempo a empresa responsável foi à falência e a obra foi paralisada ainda em 2007. Prazos e promessas se sucederam durante a gestão Gilberto Kassab, mas os trabalhos nunca foram retomados.
O Jornal São Paulo Zona Sul voltou a questionar a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Siurb), sobre a intenção de retomar a obra, importante para o início do funcionamento do Centro Paralímpico Brasileiro, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

 

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