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Casas do futuro são construídas e decoradas de modo sustentável
Usar a luminosidade e ventilação natural para economizar energia, captar água da chuva, ter terraços verdes para manter a temperatura, melhorar a oxigenação em meios urbanos e ainda ampliar a permeabilidade, evitando enchentes.
Essas são apenas algumas das inovações que arquitetos e incorporadoras estão adotando na construção de casas, condomínios ou prédios públicos e de instituições.
Em muitas cidades do país, a exemplo do que já acontece no exterior, exigem ou estimulam práticas sutentáveis como a implantação de cisternas e área mínima permeável no imóvel.
A preocupação com o uso de materiais duradouros, econômicos e que poupem recursos naturais também está movimentando arquitetos e empresas de design de móveis.
O evento “CasaCor”, que acontece em diferentes cidades do país e apresenta as tendências em construção, arquitetura e decoração, tem se destacado nos últimos anos por diversas ações nesse sentido.
Desde 2015, a própria exposição busca minimizar e gerir seus próprios resíduos, entre outras práticas sustentáveis.
Além disso, a mostra vem se tornando uma influenciadora de sustentabilidade.
Depois, várias empresas expositoras passaram a se preocupar com a apresentação de itens e hábitos sustentáveis. No ano passado, houve até o Desafio Casa Sustentável. Uma das iniciativas do evento foi a instalação de uma Central de Triagem de resíduos, com redução ao máximo da produção de resíduos, criando uma economia circular, na qual os materiais utilizados sejam reaproveitados e reciclados ao final de sua vida útil e a matéria orgânica seja transformada, por exemplo, pela compostagem.
Na edição desse ano de Santa Catarina, containeres que viram casas, lixos retirados do mar transformam-se em peças decorativas e mobiliário minimalista convidam a consumir menos.
Até o espaço gastronômico do evento usa uma estrutura que originalmente foi usada como cancha de bocha. Os pilares originais, feitos de madeira esculpida, foram mantidos e o teto ganhou ares de oca com o uso de palha de piaçava, planta de manejo sustentável e que, passada a mostra, poderá ser reaproveitada. O banheiro tem reuso da água e materiais reciclados. Lixos encontrados na praia, como plásticos, canudos, sacolas e tampinhas viraram objeto decorativo.
A Varanda tem balanço e outros objetos decorativos criados a partir de matérias-primas abandonadas e resgatadas de barcos.
Outra casa da mostra preserva a vegetação do terreno do imóvel: todas as árvores foram mantidas E em vez de gesso, material de descarte complexo, as paredes foram forradas com painel de palha natural.