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Capital paulista ainda terá aumento nas tarifas de energia
Como se não bastasse o aumento nas contas recentes, os consumidores da capital paulista e região metropolitana de São Paulo ainda pagarão mais caro pela energia elétrica fornecida pela Enel São Paulo (antiga Eletropaulo) a partir do próximo dia 4. O reajuste tarifário foi aprovado dia 30 de junho pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Devem ser impactados pelo aumento cerca de 7 milhões de unidades consumidoras localizadas em 24 municípios. Os consumidores residenciais terão reajuste de 3,61%. As empresas conectadas em baixa tensão pagarão 3,58% a mais e as de alta tensão, 6%.
“Ao calcular o reajuste, conforme estabelecido no contrato de concessão, a agência considera a variação de custos associados à prestação do serviço, divididos em Parcela A (aquisição e transmissão de energia e os encargos setoriais) e Parcela B (custos gerenciados pela empresa para manter suas atividades)”, explicou a Aneel.
Segundo a Aneel, no caso da concessionária paulista, os itens que mais impactaram o reajuste foram os custos com aquisição de energia da hidrelétrica de Itaipu, valorada em dólar, e os custos de transmissão de energia.
A Enel alega que o reajuste ficou abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) dos últimos 12 meses. Para os clientes de média e alta tensão, como grandes comércios e indústrias, o percentual médio foi de 6%. Considerando toda a base de clientes da distribuidora, o reajuste anunciado é, em média, de 4,2%. A concessionária ainda defende que, sem a utilização dos recursos da Conta-Covid, proposta pela Enel São Paulo e viabilizada pela agência reguladora, o reajuste médio teria ultrapassado os 12%.