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Saúde

Capital enfrenta surto de sarampo

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Postos de vacinação volantes contra o sarampo já foram montados em linhas de trem e metrô da capital, terminais de ônibus, universidades, empresas, e agora a Prefeitura vai também atuar em escolas e creches diretamente. Além disso, todas as Unidades Básicas de Saúde continuam com doses da vacina gratuitas e a qualquer momento para qualquer interessado.

Mesmo com toda essa atuação, que já representou quase 800 mil doses aplicadas, o número de casos da doença infecciosa não para de crescer na cidade e em todo o Estado de São Paulo. Em uma semana, o número de notificações aumentou em mais de 60% e já são quase mil casos registrados na capital!

O primeiro caso autóctene da capital foi registrado na Vila Mariana e o bairro, assim como a vizinha região de Moema, continua sendo dos que mais contabiliza pessoas infectadas. Estima-se que uma pessoa com sarampo pode transmitir para outras 18! Na semana passada, houve também registro de um caso na Avenida Paulista, o que fez a Prefeitura criar bloqueios e propor vacina em vários prédios comerciais da via mais famosa da capital.

Mas, o que tem provocado esse surto? Um dos principais motivos é a queda da adesão a vacinas por conta de notícias falsas – as chamadas fake news – que circulam pela internet e apontam inexistentes perigos nas vacinas.

Além disso, mutações genéticas do vírus e queda na imunidade do público alvo, além de distância temporal da aplicação da vacina, no período da infância, explicam o aumento dos casos. É por isso que jovens de 15 a 29 anos formam o público alvo da campanha, mas todos podem tomar nova dose.

Nova fase

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo agora vai ampliar a cobertura vacinal com a vacinação em creches, escolas e universidades. A ação continua focada no público-alvo, composto por crianças de seis meses a 1 ano de idade incompletos além dos jovens de 15 a 29 anos, e está sendo organizada de acordo com a demanda e o calendário das equipes de saúde. O balanço da vacinação nas instituições de ensino será divulgado no fim da campanha, previsto para 16 de agosto.

Além de disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de segunda a sexta-feira, a vacina também pode ser aplicada aos sábados e feriados nas AMA/UBS integradas.

No próximo sábado (10), a vacina também estará disponível na edição do Mutirão dos Bairros, que levará serviços para a região do Ipiranga. Na Vila Mariana e no Jabaquara, o mutirão está previsto apenas para o mês de setembro, então é melhor se prevenir e buscar a vacinação antes.

Vale ressaltar que não só as pessoas que não possuem registro da vacina na carteira de vacinação devem ser imunizadas. Recomenda-se pessoas com idades entre 15 e 29 anos (grupo de risco) tomem duas doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), com intervalo de 30 dias, mesmo que já tenham tomado quando crianças. Dos 30 aos 49 anos, a vacina é aplicada em uma dose.
Metas

Desde agosto de 2018, o Município tem batido a meta de cobertura vacinal entre crianças de 1 a 4 anos (chegando a 96% no ano passado), e em 2019, a cobertura vacinal da primeira dose do Sarampo em crianças de um ano ultrapassou o total da população estimada residente na capital. Já a segunda dose, que anteriormente estava em 44%, na gestão atual, subiu para 79%.

“Mudou-se a lógica vacinal: estamos levando as vacinas até as pessoas. Campanhas, dias D, postos volantes em metrôs, CPTM e disseminação de informações, que ganharam a mídia. Houve um esforço conjunto de todas as equipes, das vigilâncias, integração, numa soma de esforços para vacinar a população”, afirma a coordenadora da Vigilância em Saúde, Solange Maria de Saboia e Silva.

Além dessas estratégias de vacinação do público alvo em locais de grande circulação, a Saúde também realiza bloqueios (vacinação em público exposto ao vírus) a partir de todos os casos suspeitos de sarampo, na residência, local de trabalho e estudo do paciente para conter o avanço da doença.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SMS e COVISA, atingiu o número de 758.987 doses aplicadas desde o início da campanha, em 10 de junho, atingindo uma cobertura de 23,5% entre o público jovem (15 a 29 anos) e 15% entre as crianças de 6 meses a 1 ano de idade incomple

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