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Urbanismo

Câmara Municipal aprovou a concessão do Complexo Interlagos

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A discussão sobre o futuro do Grande PrêmioBrasil de Fórmula 1 continua. Em 8 de maio, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que já em sua edição de 2020, o GP seria promovido no Rio de Janeiro. Acontece que a cidade sequer conta com um autódromo – o presidente estava apenas autorizando a concessão de uma área pertencente ao Exército para que ali possa ser construído o novo equipamento.

Já o governador paulista, João Doria, e o prefeito da capital, Bruno Covas, foram surpreendidos pelas declarações e fizeram questão de ressaltar que o atual contrato com a empresa que promove o evento vai até 2020 e que já há tratativas para renová-lo por mais 10 anos.

Na sexta passada, 9, Doria e Covas deram entrevista coletiva e garantiram que não há razões nem houve reclamações por parte dos organizadores que representassem a possibilidade de rompimento do contrato em vigência. “E não há nada no terreno onde deve ser construído o autódromo”, disse Doria, referindo-se à área concedida por Bolsonaro. O governador ainda comentou que é irreal acreditar que o autódromo terá suas obras licitadas e executadas, além de renegociação do atual contrato, em pouco mais de um ano, já que sequer haveria tempo hábil, incluindo períodos de testes da nova pista.

Concessão

Ao mesmo tempo, tramitava na Câmara Municipal de São Paulo a discussão sobre a privatização ou concessão do Autódromo de Interlagos, na zona sul paulistana, onde é promovida a Fórmula 1 atualmente.

Coincidência ou não, essa semana foi aprovado em segunda e definitiva votação o PL (Projeto de Lei) 705/2017, de autoria do Executivo para concessão de todo complexo de Interlagos, que inclui um parque, além do autódromo. Apesar de o projeto original aprovado prever a venda do Complexo Interlagos, uma emenda aprovada pelos parlamentares substituiu a alienação pela transferência da gestão por meio de concessão. Agora, o PL segue para a apreciação do prefeito, que poderá sancionar ou vetar o texto aprovado pelos vereadores. Apresentada pela liderança de governo, a emenda em questão incluiu em artigo que permite transferir à iniciativa privada a administração do Complexo Interlagos, que envolve o autódromo José Carlos Pace, o Kartódromo Ayrton Senna e outras estruturas de apoio.

Não há dúvida de que São Paulo pode continuar sediando o Grande Prêmio. Temos segurança, organização e realizamos obras anualmente para manutenção nos boxes e nos paddocks”, afirmou Bruno Covas. De acordo com ele, a Prefeitura investe entre R$ 30 e R$ 40 milhões na organização do GP, mas a cidade de São Paulo obtém retorno de R$ 334 milhões com o evento automobilístico. O dinheiro é injetado na economia da cidade com a movimentação no comércio e na rede de serviços, como hotéis e restaurantes. “Os hotéis chegam a 95% de ocupação durante o Grande Prêmio”, disse Covas.

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