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Urbanismo

Calçadas que levam ao Centro Paralímpico precisam de adaptação

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O futuro Centro Paralímpico Brasileiro é uma obra conjunta do Ministério dos Esportes (governo federal) co a Secretaria de Estado das Pessoa com Deficiência (governo estadual). Entretanto, o futuro equipamento também vai demandar ações desenvolvidas pela Prefeitura para garantir não apenas seu próprio bom funcionamento, como atendimento ao público frequentador.
Ações da Prefeitura igualmente podem evitar que moradores de bairros vizinhos, como a Cidade Vargas e a Vila Guarani, sofram com excesso de movimentação, falta de transporte adequado, trânsito etc. Por isso, o jornal São Paulo Zona Sul está desenvolendo uma série de reportagens que visam a discutir os impactos das obras no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga para a comunidade lindeira.
Uma das situações preocupantes é com relação às calçadas. Embora se estime que a maioria dos frequentadores do novo centro Paralímpico tenham algum tipo de transporte adaptado e acessível para se deslocar até lá, é também bastante plausível que boa parte decida ir ao complexo esportivo caminhando – ou usando cadeiras de rodas, já que muitos dos atletas ou mesmo frequentadores deverão ser pessoas com deficiências.
E será que o bairro da Cidade Vargas, que fica no meio do caminho entre o Terminal Jabaquara e o Centro Paralímpico, está preparado para receber este público?
O serviço de mapeamento feito pelo aplicativo do Google Maps, que define rotas e trajetos mais adequados, indica que o melhor caminho a pé entre o terminal e o novo complexo esportivo deve ser feito pelas Ruas Nelson Fernandes, General Manoel Vargas, General Getúlio Vargas Filho, viaduto Matheus Torloni e enfim a via que dá acesso ao Centro Paralímpico.
Seguindo o mesmo aplicativo, percebe-se que já há algumas guias rebaixadas nas esquinas, para garantir facilidade no acesso de cadeirantes ou pessoas com carrinhos de bebê, por exemplo, mas por muitas delas se encontram em mau estado de conservação.
Outro problema está nas largura dos passeios públicos. Na Rua Nelson Fernandes, em ambos os lados, a calçada é bastante estreita e em vários pontos há árvores que praticamente obrigam os pedestres a caminharem pelo meio da rua. Em um dos lados, está sediado um equipamento de propriedade do Governo do Estado. Ali, para complicar, há inclusive um ponto de ônibus com área de espera para passageiros.
Em tese, a responsabilidade por conservar calçadas é dos proprietários dos imóveis. Mas, no caso de árvores que ocupam boa parte da largura, quem se responsabilizará para garantir acessibilidade?
E as obras de recuperação das guias rebaixadas nas esquinas, a Subprefeitura vai agir?
O jornal São Paulo Zona Sul questionou a Subprefeitura do Jabaquara sobre o tema, mas não obteve resposta até o fechamento da edição.
Transporte
Na semana passada, o Jornal São Paulo Zona Sul questionou a Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência sobre a oferta de um meio de transporte adaptado que ligasse o terminal Jabaquara com o novo Centro Paralímpico Brasileiro.
Esta semana, a assessoria de imprensa da entidade entreou em contato com a redação para explicar que a maioria destas decisões ainda não foi tomada.
Ressalvou, ainda, que a maioria das obras de acessibilidade, como oferta de transporte e adaptações urbanísticas para garantir acessibilidade nas vias do entorno, cabem mesmo à Prefeitura de São Paulo.
Por fim, garantiu que tais decisões serão tomadas quando o equipamento estiver em funcionamento, o que está previsto para o mês de junho deste ano.

 

Calçadas da Rua Nelson Fernandes são estreitas e ainda contam com mobiliário urbano (postes de eletricidade e sinalização viária), árvores e pontos de ônibus dificultando a circulação de pedestres, especialmente pessoas com deficiência.

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