Turismo e Lazer
Botânico: para celebrar a natureza
O Dia Internacional do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho. Mas, a maioria dos países do mundo estende as comemorações e reflexões para a Semana do Meio Ambiente ou mesmo para todo o mês de junho.
Individualmente, uma boa proposta pode ser levar a família para sentir o poder do contato com a natureza. E na região do distrito Cursino tem um dos melhores pontos da cidade para essa celebração: o Jardim Botânico.
Vale destacar que o principal objetivo desse parque estadual recentemente concedido à iniciativa privada é despertar a consciência ambiental e, por isso, há ali espaços, museus e atividades nesse sentido. E mais: trata-se de um espaço de contemplação, ou seja, não é como outros parques onde se podem levar pets domésticos, jogar bola, andar de bicicleta, nada disso. Mas, há inúmeras atrações que vão encantar a família toda, e muito espaço para curtir um piquenique em família. Aliás, aproveite para levar muitas frutas, sanduíches naturais, água, valorizar também uma alimentação mais saudável. Mas informe-se antes porque há cobrança de taxa em caso de piqueniques de grupos.
Vale destacar que o acesso ao Botânico é fácil por várias linhas de ônibus, valorizando o transporte público. Para quem preferir ir de carro, fica o alerta: o estacionamento é pago e não há lugar para estacionar pelas vias públicas nas proximidades.
Histórico
Fundado em 1928, o Jardim Botânico conta com 143 hectares, com várias espécies vegetais. O Instituto de Botânica dispõe de uma biblioteca com cerca de 6.400 livros e privilegiado acervo botânico. No Museu Botânico há amostras de plantas da flora brasileira, coleção de produtos extraídos de plantas e representações de ecossistemas do Estado.
No conjunto arquitetônico-cultural do local destacam-se, além do Museu, duas estufas que abrigam plantas típicas da Mata Atlântica e exposições temporárias, o Jardim de Lineu, o portão histórico de 1894, e o marco das nascentes do riacho Ipiranga.
O Jardim Botânico de São Paulo é membro da maior rede global de jardins botânicos e especialistas em conservação da flora, a Botanic Gardens Conservation Internacional (BGCI). São mais de 500 membros em mais de 100 países como Jardins Botânicos, Bancos de sementes e Instituições botânicas com a missão de mobilizar parceiros para conservação de plantas e engajar públicos para ações de educação e bem-estar.
Há vários espaços de visitação, confira alguns destaques:
Alameda de Jerivás
O primeiro espaço do Jardim Botânico de São Paulo que você acessa, logo após a entrada, é a Alameda Fernando Costa, formada por Jerivás (Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman), espécie de palmeira nativa do Brasil. Ao longo dessa alameda, você é convidado a caminhar sobre um deck de 250 metros de extensão, feito com madeira de reflorestamento, de onde se pode observar a vegetação natural, bem como as águas cristalinas do Córrego Pirarungaua, que nasce aqui na Mata Atlântica e é contribuinte do riacho do Ipiranga. À direita da alameda há uma área gramada com vários exemplares da coleção de plantas vivas do Jardim Botânico. Ao final do deck, é possível acessar o restaurante e sanitários.
A construção desse espaço foi iniciada em 1930.
MUSEU BOTÂNICO
A construção do Museu Botânico, “Dr. João Barbosa Rodrigues”, teve início em 1940. E o espaço foi inaugurado em março de 1942 em comemoração ao ano do centenário de nascimento do naturalista brasileiro que deu o nome ao museu.
O prédio é dividido em cinco salas dispostas em cruz onde o visitante pode ter uma imersão na história do Jardim Botânico de São Paulo; da Botânica no Brasil; e da importância da pesquisa científica para a conservação da biodiversidade. Hoehne idealizou o museu botânico como um centro de comunicação, educação e divulgação da ciência botânica aos visitantes.
Abre aos finais de Semana e Feriados, das 10h às 16h. Em dias de chuva, é fechado.
Jardim de Lineu
O Jardim de Lineu é um espaço que foi projetado na década de 1920, inspirado nos jardins da Universidade de Upsala, na Suécia. Apesar da inspiração renascentista e de um desenho simétrico, Hoehne ressaltou e compôs o cenário com plantas nativas para ressaltar a beleza do estilo naturalista do Jardim Botânico e da flora brasileira. É a unidade da paisagem mais antiga do Jardim Botânico.
O espaço é composto por um espelho d’água, duas estufas, as pérgolas, duas escadarias, o Palmeto, passeios, gramados, cercas vivas e canteiros, margeado por porções de Mata Atlântica.
Estufas
Inauguradas em 1929, as duas estufas tem, 26 metros de comprimento e 12 metros de largura cada e, inicialmente, uma estufa era utilizada para exposição temporária de orquídeas, bromélias, samambaias e outras plantas, enquanto a segunda estufa apresentava uma exposição permanente da flora da mata atlântica. Após muitas restaurações e manutenções, hoje elas representam os dois biomas presentes no estado de São Paulo: o Cerrado (atualmente fechado) e a Mata Atlântica (aberta).
Abrem finais de Semana e Feriados, das 10h às 16h.
Orquidário
Entre as estufas é possível se encantar com a beleza das espécies de orquídeas da coleção. O Orquidário “Dr. Frederico Carlos Hoehne” é o marco que deu início ao Jardim Botânico de São Paulo. O espaço ripado em que elas ficam foi uma influência da arquitetura paulista na época, marcada por casarões, jardins e pergolados. Atualmente, existem expostas na pérgola de visitação algumas espécies, em sua maioria, nativas do estado de São Paulo e de outros estados do Brasil. Além das orquídeas, o pergolado de visitação também abriga bromélias, provenientes de projetos científicos e coletas de diversas regiões.
Há ainda o Lago das Ninfeias, o Bosque das Imbúias, o Jardim dos Sentidos, o Portão Histórico, o Brejo Natural… E muitas trilhas, como a que leva à nascente do Riacho do Ipiranga.
O Jardim Botânico funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h (bilheteria até 16h). Ingressos Online para pessoas de 15 a 59 anos custam R$ 19,90 e na bilheteria R$ 24,90. Pessoas de 5 a 14 anos e maiores de 60 pagam meia. Abaixo de 5, entrada grátis. Mais informações no site jardimbotanico.com.br.
Fica na Avenida Miguel Estefno, 3031 – Água Funda.