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Cultura

Biblioteca empresta audiolivros também para idosos

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Domingo é dia das Mães. Mas, se já é difícil decidir como prestar uma homenagem a esta pessoa tão especial na vida de todos, em alguns casos fica ainda mais complicado escolher um presente ou definir que passeio proporcionar a ela. É o caso das mulheres que desenvolveram dificuldade em enxergar – seja pelo envelhecimento da retina, seja por glaucoma, catarata ou outras doenças que levam à visão subnormal.

Na Vila Clementino, muita gente já sabe, está localizada a Fundação Dorina Nowill para Cegos, que foi criada há quase sete décadas, ainda com o nome de Fundação para o Livro do Cego no Brasil. Isto já dá uma pista do motivo que levou a educadora Dorina Nowill a criar a entidade. Ela, que ficou cega aos 19 anos, sempre lutou para garantir cultura, educação e boa literatura àqueles que não enxergam ou têm dificuldade extrema em ler.

 Dorina faleceu aos 91 anos em 2010.  Mas a produção da entidade não para. Nestes 67 anos, já foram produzidos mais de seis mil títulos e dois milhões de volumes impressos em braille, além de 1.600 obras em áudio e outros 900 títulos digitais acessíveis.

Mas, muita gente acredita que a entidade atende apenas deficientes visuais graves ou completamente cegos. Na realidade, qualquer pessoa com visão subnormal pode se beneficiar desse ritmo de produção intenso da fundação.

Uma das principais ações é a biblioteca, em que toda pessoa com deficiência visual pode se cadastrar – mesmo aqueles que nunca aprenderam braille.

Há livros falados (audiolivros) disponíveis e isto inclui diversos autores e gêneros literários. São desde best-sellers como “Qual a tua obra?” de Mário Sergio Cortella, e a trilogia “Cinquenta tons de cinza”, “Cinquenta tons de liberdade” e “Cinquenta tons mais escuros”, de Erika Leonard James; bem como livros clássicos da literatura nacional e estrangeira “Dona Flor e seus dois maridos”, de Jorge Amado, “Minha tia me contou”, de Marina Colassanti, e “Obra completa”, de William Shakespeare.

Assim, pessoas idosas que já não têm a visão acurada, também podem recorrer à biblioteca da fundação. Basta ter diagnóstico de deficiência visual. E o cadastro é muito simples – pode ser feito pelo telefone 5087-0991, por e-mail biblioteca@fundacaodorina.org.br ou pessoalmente.

A ficha de cadastro preenchida pode ser devolvida pelos Correios, assim como o envio dos livros também – tanto para o empréstimo como para a devolução. Vale destacar que os Correios têm um serviço de entrega gratuita de encomendas para pessoas com deficiência visual.

Outro destaque no trabalho da fundação é seu outlet ou loja virtual. Lá, pessoas que convivem com deficientes visuais vão descobrir como é importante valorizar outros sentidos humanos.

A Fundação Dorina tem livros e artigos para presentear pessoas com e sem deficiência visual.

Dentre os livros acessíveis temos “Dorina Nowill, um relato da luta pela inclusão social dos cegos”, de Luiz Roberto de Sousa Queiroz, impresso em tinta ou em versão em áudio; e também livros infantis com ilustrações divertidas e impressos em Braille e letra ampliada.

Há outros presentes como o Perfume “Amor”, desenvolvido por alunos do curso de Avaliação Olfativa para pessoas com deficiência visual; produtos institucionais – blusas, canecas, cadernos entre outros.

A Fundação fica na Rua Dr. Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino (próximo à estação Santa Cruz do Metrô. Telefone:  5087-0999 . Site: www.fundacaodorina.org.br.

 

A Fundação produz livros em Braille há quase 70 anos. Mas, há também livros falados, inclusive clássicos e best-sellers recém-lançados. Mantém uma biblioteca que faz empréstimos gratuitos de todos os títulos, que podem ser enviados pelo Correio

 

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