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Coronavírus

Bairros da zona sul continuam a concentrar coronavírus

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Ninguém pode baixar a guarda ou ficar tranquilo achando que o coronavírus não está em seu bairro ou cidade. A doença está vitimando pessoas de todas as idades, embora seja ainda mais impactante para pessoas acima de 60 anos, e o vírus está por todo lugar.

Na Unidade de Vigilância Sanitária Vila Mariana (que inclui Vila Mariana, Moema, Aclimação, Saúde e Jabaquara), semana passada já havia entre casos confirmados, mais de 90 pessoas. Essa semana, o número foi atualizado e já atinge quase 400 pessoas: 128 no distrito Vila Mariana, 172 em Moema, 97 na Saúde e 71 no Jabaquara.

Ainda na zona sul paulistana, Santo Amaro tem 66 e Cidade Ademar 55. O Morumbi, que fica na zona sudoeste, tem um dos maiores registros da cidade, com 256 casos, e a vizinha Vila Andrade, na zona sul, 125.

A região é uma das que mais concentra casos, perdendo para bairros como Jardins, o já citado Morumbi, Pinheiros, Lapa e Butantã. Segundo especialistas, essa cocentração se explica por serem bairros de classe média e média alta, que receberam muitas pessoas vindas do exterior.

Vale ainda destacar que, como o jornal São Paulo Zona Sul já mostrou em semanas anteriores, bairros como o Paraíso, a Vila Clementino e a Vila Mariana concentram também muitos hospitais, particulares e públicos, onde pacientes com a Covid 19 foram atendidos, receberam familiares e visitantes, circularam pelo comércio. Também profissionais do ramo de saúde e outros que atenderam a esse público – como taxistas, balconistas e entregadores – podem ter tido contato com o vírus nesse movimento, o que mostra que o vírus está com forte circulação comunitária na região.

Os dados, entretanto, ainda são considerados incipientes e imprecisos porque muitos testes estão atrasados. Não consideram, ainda, as pessoas assintomáticas ou com sintomas leves e que não buscaram assistência médica, , ou seja, o total de infectados certamente é muito maior, o que reforça a importância de ficar em casa e manter a atenção quando circular pelo comércio local.

O mapa inicialmente apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde e divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo também indica outro dado de alerta: já há casos oficiais em 24 das 26 unidades de Vigilância Sanitária em Saúde da cidade – só duas na zona leste ainda não apresentavam casos.

Ou seja, se a doença efetivamente começou com mais força em bairros que concentram pessoas de poder aquisitivo mais alto, agora já se espalha por todo o município.

Também em cidades do interior do Estado e do litoral há dezenas de registros já confirmados da Covid no país.

O estado de São Paulo já tem quase 400 mortos por Coronavírus, confirmados, com cerca de 6 mil infectados. Dos 645 municípios do estado, 121 já registram casos confirmados. Segundo o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, o estado tem 17 mil exames esperando por confirmação para o coronavírus, o que, segundo o secretário, pode aumentar consideravelmente o número de casos no estado.

Mapa

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com sede na Vila Clementino, e a Fundação Tide Setubal elaborarão uma pesquisa para monitorar, mapear e avaliar a desigualdade entre diferentes classes sociais na forma de propagação, adoecimento e nas consequências do espraiamento do coronavírus ao longo de 2020. O edital para a seleção de propostas de grupos de pesquisa e/ou observatórios temáticos com sede na universidade foi lançado nesta segunda, 23. As propostas escolhidas serão financiadas com recursos no valor global de 160 mil reais, oriundos de acordo de cooperação entre as duas instituições.

A pesquisa tem o objetivo de elaborar estudos e propostas técnico-científicas para avaliação dos impactos da pandemia de Covid-19 na Região Metropolitana de São Paulo, com foco nas áreas de maior vulnerabilidade. Ela será realizada concomitantemente ao alastramento da pandemia. Deverão ser pesquisados e comparados territórios com diferentes perfis econômico e social na região metropolitana, por meio de recortes temáticos, caracterizando as situações de maior risco, iniquidade e vulnerabilidade, com análise crítica.

Além do monitoramento e análise crítica dos resultados, o edital pede recomendações para governos políticas públicas, sociedade civil e empresas para redução das desigualdades e vulnerabilidades ampliação do atendimento universal e fortalecimento do sistema no momento presente e para novos surtos e pandemias similares.

O período para execução é de oito meses, com entregas parciais a cada dois meses.

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2 Comentários

2 Comments

  1. Sônia Durand coelho

    22 de junho de 2020 at 21:33

    Boa noite. Acho.muito interessante dar o levantamento por bairros. Pq aí a população toma mais cuidados. Perguntei sobre o bairro que resido Aclimacao e bairro do Ipiranga. Vc não um gráfico recente desses e outros bairros. As pessoas ficariam mais espertas e fazer testarem por bairros seria o correto.. pais sem governo é um horror. Aplaudo os médicos e todos da saúde.

  2. Jose caros Romero chaves

    10 de julho de 2020 at 6:30

    Tive contato com pessoa suspeita, no açougue, estou com tosse com secreção,dor de garganta e indisposição, e sensação nariz obstruído.

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