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Urbanismo

Ativistas cobram implantação da Ciclovia na Rua Domingos de Morais

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Em março, uma audiência pública foi promovida para discutir a implantação da Ciclovia na Rua Domingos de Morais, ligando as já existentes pistas exclusivas nas ruas Vergueiro e Bernardino de Campos com a ciclovia que se estende da esquina da Alameda das Boninas, na Avenida Jabaquara, em sentido Jabaquara.

A ciclovia Vila Mariana não atendia esse trecho porque, quando foi implantada, as obras do metrô estreitavam a pista nas proximidades da estação Santa Cruz. Na época, de forma polêmica, a pista exclusiva para as bikes foi desviada na Rua Madre Cabrini, seguindo pelas ruas Coronel Lisboa e Boninas.

Agora, ciclistas e movimentos organizados de cicloativistas vêm reivindicando que a pista se estenda pelo trecho entre as ruas Lins de Vasconcelos e Alameda das Boninas, mas ainda mantendo a ciclovia Madre Cabrini/Coronel Lisboa/Boninas.

Apesar de a audiência ter sido promovida em março, com a previsão de que “em poucas semanas” a obra seria iniciada, até agora a ciclovia não está pronta. Entretanto, quem passa pela região já percebe alguns indícios da nova ciclovia: no trecho entre as Ruas Borges Lagoa e Pedro de Toledo, a ilha central está com piso de concreto rebaixado, alguns guard rails (defensas), assemelhando-se à ciclovia da Avenida Paulista.

Até mesmo o cruzamento existente na Rua Pedro de Toledo, que antes das interdições para obras do metrô servia de alternativa para cruzar a Domingos de Moraes da Vila Clementino em direção ao centro, foi definitivamente desativado.

Nos outros trechos, entretanto, não há sinal de obras. Pelo contrário, recentemente, a Subprefeitura de Vila Mariana assinou contrato de parceria para manutenção do canteiro central da Domingos de Moraes, em frente à estação Santa Cruz, com um shopping center da região.

A subprefeitura explica, no entanto que, embora o contrato tenha previsão de duração de 36 meses, pode vir a ser suspenso caso o projeto preveja instalação da pista cicloviária no canteiro central.

O projeto

Mas, a grande dúvida, ao que tudo indica, está justamente no traçado da nova ciclovia.

Havia uma previsão de que a ciclovia seria subdividida em quatro trechos, todos de caráter bidirecional (ciclistas circulam em ambos os sentidos) e com largura de 2,50m..

Entre Lins de Vasconcelos e Sena Madureira, ficaria no canteiro central. Depois, até a rua Pedro de Toledo, ocuparia também a faixa de rolamento central, sentido bairro. No trecho entre Borges Lagoa e Loefgreen, seria feita em concreto, com elevação sobre o canteiro central, assemelhando-se efetivamente à já existente na Avenida Paulista.

Por fim, da rua Loefgreen até o início da ciclovia na Jabaquara., sai novamente do canteiro central e passa a ocupar trecho da faixa de rolamento no sentido centro.

Parece, porém, que esse traçado está sob revisão. Procurada, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que “o projeto está em fase de revisão pelo empreendimento responsável e será encaminhado à CET para a aprovação final”. Em nota, a Companhia explicou que, de acordo com a proposta, os canteiros centrais serão utilizados no trecho entre a Rua Madre Cabrini e a Avenida Sena Madureira”.

A construção da ciclovia Domingos de Morais, embora tenha que ser aprovada pela CET e Prefeitura, é uma obra de compensação e será bancada pelo Colégio Marista Arquidiocesano, enquanto pólo gerador de tráfego local. A Prefeitura, assim, vem alegando que a implantação depende do Colégio.

Procurado, o Colégio Marista Arquidiocesano informou que “a parte que compete ao colégio foi cumprida”. Completa, porém, alegando que “no momento, o projeto está passando por ajustes nos órgãos competentes”.

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