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Meio ambiente

Até quando o abastecimento de água será normal na região?

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Sabesp enfrenta excesso de consumos e problemas com falta de energia

Esta semana, São Paulo viveu mostras do que pode ser seu futuro se não houver pesados investimentos em infra-estrutura e maior cautela no uso de recursos naturais. Por conta de um apagão no sistema Bandeirantes de distribuição de energia, o abastecimento de água ficou comprometido em vários bairros locais e também em diversos pontos de toda região metropolitana. Mas não foi só a falta de energia que comprometeu o fornecimento, em especial na região sul, onde a normalização só ocorreu dois dias depois do apagão, e sim o forte calor que atinge a cidade.

A Sabesp tem divulgado notas quase diárias alertando a população para o uso racional de água, de forma a garantir que o abastecimento continue normal nas regiões mais altas da cidade.  Na região, todas as ruas próximas ao espigão Vergueiro, Domingos de Moraes e Jabaquara podem ter torneiras secas nos dias de altas temperaturas.

Mas, muitos consumidores podem estar se perguntando: como a situação pode ser tão crítica se as chuvas têm sido intensas e o nível das represas apresentado níveis tão altos que foi necessário abrir comportas em alguns pontos do estado? O fato é que a cidade de São Paulo pode sofrer um colapso em seu sistema de abastecimento de água.

Ainda em 2009, um estudo realizado pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo e também o relatório desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA) mostraram quadro preocupante. O Relatório da ANA indica que as regiões metropolitanas brasileiras já consomem mais do que produzem de água limpa diariamente. E foi taxativo: se não houver investimento superior a R$ 18 bilhões para não haver colapso até 2025.

Já o estudo da Fusp é específico sobre a realidade paulista e aponta para um iminente colapso de abastecimento. A demanda vem subindo 500 litros por segundo ao ano, enquanto a disponibilidade hídrica caiu: de 72,9 mil para 67,8 mil litros por segundo.

A Grande São Paulo já não é auto-suficiente, atualmente pois metade da água que usa vem da bacia do rio Piracicaba. Está prometido para este ano um novo sistema para ampliar a oferta, mas ele terá capacidade apenas de repor perdas acumuladas. A Organização Mundial de Saúde diz que o ideal é haja uma disponibilidade em mananciais de 2,5 milhões de litros de água por habitante. A grande São Paulo tem apenas 200 mil.

O Jornal São Paulo Zona Sul questionou a Sabesp sobre a campanha para uso racional de água, perguntando se aponta para uma situação preocupante do abastecimento na capital. Não obteve resposta…

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