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Urbanismo

Assembleia Legislativa promove audiências para debater Ditadura

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Enquanto a falta de creches e equipamentos de lazer são as principais reivindicações dos moradores do Jabaquara, na Vila Mariana, as questões de mobilidade urbana dominaram o debate de Revisão do Plano Diretor Estratégico, no último sábado. No mesmo dia, foram debatidas também ações para integrar a Conferência de Meio Ambiente, que acontecerá no final do ano.

No encontro, a falta de creches e equipamentos de lazer no Jabaquara preocupa os moradores. “São mais de 3.500que faltam, só aqui no Jabaquara, de crianças já inscritas aguardando essas vagas”, diz Carlos Barreto, conselheiro tutelar da região.

“Nós precisamos de mais creches, escolas, áreas de lazer para a nossa população que é carente. São 63 comunidades, você já imaginou sem área de lazer?”, questiona a enfemeira Mária Lúcia Silva.

Já na Vila Mariana, uma das propostas mais interessantes foi apresentada pelo administrador de empresas Henrique Calandra. Ele sugere a criação de linhas circulares de ônibus nos bairros da cidade, para incentivar o uso do transporte coletivo.

A ideia é ter micro-ônibus operados por parcerias público-privadas ligando de graça as partes mais longínquas dos bairros às estações de metrô e corredores de ônibus. “As pessoas às vezes deixam de pegar ônibus, pegar metrô, porque suas casas ficam longe desses lugares, e utilizam o carro. Com isso, as pessoas iriam utilizar muito menos o carro e mais o transporte coletivo”, acredita Calandra.

As demais contribuições dos moradores da região, que se reuniram no Colégio Arquidiocesano, versavam principalmente sobre a ampliação das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e mais participação popular na formulação de políticas públicas.

Quatro vereadores compareceram ao evento: Dalton Silvano (PV), Floriano Pesaro (PSDB), José Police Neto (PSD) e Nabil Bonduki (PT). Na abertura, Police defendeu que o novo PDE tenha previsão orçamentária e um cronograma de execução, pelo menos para ações prioritárias.

“Quando você faz um diálogo ativo com a sociedade, você consegue recepcionar todas as necessidades, todos os desejos da população. Mas nem tudo consegue ser feito ao mesmo tempo, portanto as necessidades têm que ser transformadas em prioridades”, afirmou o parlamentar do PSD.

Os encontros do último sábado representaram a realização da segunda etapa da Revisão do Plano Diretor. A população foi dificidad em grupos para apresentar as principais demandas e propostas para a região.

“Esse processo com as oficinas permite que as pessoas possam participar efetivamente. Grupos menores, com orientação prévia. Por isso, espero que o resultado dessas oficinas seja uma colaboração grande de toda a cidade para que a Câmara dos vereadores receba um projeto mais consistente, mais identificado com as necessidades da cidade”, explicou o vereador Orlando Silva (PCdoB)

Para o diretor do Departamento Municipal de Urbanismos, Kazuo Nakano “as oficinas ampliam o espaço para as pessoas falarem, e depois permitem uma troca de ideias entre todos.”

Em toda a cidade, o tema que mais gerou sugestões foi Saúde (1178), seguido de Mobilidade (1.041), Educação (844) e Moradia (729). A maioria das sugestões específicas apresentadas foi de regularização fundiária (269 pedidos), Unidades Básicas de Saúde (228), Unidades Habitacionais (215) e Creches (178). Por email também foram recebidas muitas participações da sociedade, dos mais diferentes temas: 876 sugestões.

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