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Ascendino Reis volta a alagar: há projeto antigo para região

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Cerca de 100 metas estipuladas pelo ex-prefeito Gilberto Kassab para seu mandato deixaram de ser cumpridas. Entre elas, a readequação da bacia do Córrego do Paraguai e das Éguas, que chegou a ter verba de R$ 5 milhões empenhada, conforme noticiou o Diário Oficial do Município no ano passado, mas nem sequer chegou a ser iniciada. Por diversas vezes, na gestão anterior, o jornal São Paulo Zona Sul questionou da Secretaria de Infraestrutura Urbana o andamento da obra, sem sucesso.

A obra provavelmente minimizaria os impactos dos fortes temporais em um dos pontos de alagamento mais conhecidos da região, no entroncamento das Avenidas José Maria Whitaker e Ascendino Reis, próximo ao Tribunal de Contas do Município. A área voltou a alagar na sexta-feira passada, dia 8, encobrindo veículos e impedindo o trânsito na área.

Agora é o prefeito Fernando Haddad quem promete tirar do papel 79 obras de microdrenagem espalhadas por toda a cidade, como a prevista para aquela área, de modo a evitar os impactos das fortes chuvas de verão.

Segundo Haddad, o que é possível de ser feito em curto prazo já foi feito – como a limpeza de bueiros, por exemplo. Mas, ele aponta que alguns pontos em que o alagamento é constante precisam de obras mais complexas.

Na região, além da área formada pela José Maria Whitaker e Ascendino Reis, há problemas antigos de alagamento na Avenida 23 de Maio  junto ao viaduto General Salgado e no corredor formado pelas avenidas Ricardo Jafet e Abraão de Moraes (veja matéria ao lado).

Por isso, ainda em fevereiro, a Prefeitura anunciou a realização de 79 projetos de microdrenagem que estavam engavetados. Haddad destinou cerca de R$ 150 milhões, prontamente reservados para a Defesa Civil na realização dessas obras que irão ajudar, sobretudo, no escoamento mais rápido de águas em pontos críticos da cidade.

A pedido do prefeito, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras verificou a viabilidade técnica dos projetos que estavam “na gaveta” e que podem ajudar no escoamento mais rápido de águas em pontos críticos da cidade.

Por enquanto, a Secretaria não divulgou a relação das obras que estão sendo reanalisadas.

Por não contemplarem a construção de grandes reservatórios (piscinões), que exigem até quatro anos, as obras de microdrenagem levam de seis a quatro meses para serem concluídas. “Se nós formos ágeis na licitação, poderemos ter o primeiro impacto positivo já no verão que vem”, ressaltou Haddad.

 

Jornal questiona Prefeitura sobre projetos desde 2009

Já em 2009, o São Paulo Zona Sul cobrava da Prefeitura soluções para a pontos de alagamento constante na região como o entroncamento da Whitaker com Ascendino, além dos baixos do viaduto General Salgado, na Avenida 23 de Maio em frente ao MAC (antigo Detran) e Córrego Ipiranga, ao longo da Avenida Ricardo Jafet.

Em todos os casos, a Prefeitura admitia, na ocasião, que havia projetos para todos estes endereços. Por outro lado, informava também que não havia prazos para que nenhum deles se concretizasse.

Em entrevista ao jornal São Paulo Zona Sul, o então engenheiro  e superintendente de projetos de drenagem da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) dizia que as galerias da José Maria Whitaker e da Ascendino Reis foram projetadas na década de 1970. E dizia que, em diagnóstico feito em 2008, “detectamos uma série de obstruções nas galerias, com paredes de ferrugens expostas”.

Ele garantia que a Siurb contrataria um projeto de melhoria hidráulica para reforço das galerias, bem como a recuperação estrutural dos pontos comprometidos. E previa: “Pelo tipo de projeto, os trabalhos terão duração média de dois anos, com custos entre R$ 20 a R$ 30 milhões”. Para Brunhera, a revitalização das galerias não seria o bastante para conter os alagamentos na José Maria Whitaker e Ascendino Reis e avaliava que seria necessário um piscinão.

E concluía que “a obra poderia sair do papel até 2012”, ponderando. “Mas, como tudo, dependerá das verbas”…

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