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Problemas na região

Às vésperas dos temporais, Prefeitura estimula compra e plantio de pinheiros

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No início deste mês, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou que está tornando mais rápida a remoção de árvores perigosas para o meio urbano. Doze espécies estão na lista de árvores que podem trazer danos ao meio urbano e que serão avaliadas pelos engenheiros agrônomos das Subprefeituras. Entre elas, há três tipos de pinheiros: Pinus caribaea; Pinus elliottii e Pinus taeda. São árvores que se tornam imensas e que, em chuvas intensas ou ventanias fortes, podem cair e causar tragédias.

Mas, curiosamente, no final do ano passado, a própria Secretaria das Subprefeituras estimulou a venda de “pinheirinhos de Natal”, em um projeto chamado de “Natal Sustentável”, pois estimularia o trabalho de pequenos produtores. É bem verdade que foram vendidos os pinheiros “tuia”, “maçã”, “prata” ou “azul”, espécies que não estão na lista das mais perigosas. Ainda assim, em especial a tuia cresce e pode atingir seis metros!

Além do risco do plantio inadequado destas espécies, após o uso durante as festas, há outro problema na campanha “Natal Sustentável”. Muitos dos compradores dos pinheiros certamente os descartariam depois do Natal. Há quem defenda que é uma prática agressiva, já que as árvores são cultivadas não para plantio definitivo. A Prefeitura alega que as plantas são produzidas de forma agroecológica ou por produtores “em transição para esse sistema” e que assinaram o protocolo de Boas Práticas Agroambientais. O objetivo seria garantir que as técnicas de cultivo não agridem o meio ambiente e ajudam na preservação dos mananciais de produção de água potável…

Alguns ambientalistas avaliam que a prática de usar espécies verdadeiras em vez de árvores de Natal artificial é saudável. Além de estimular o contato com a natureza, a árvore não se transforma em plástico despejado no ambiente. Mas, o que será pior: um consumidor que reaproveita a mesma árvore artificial durante vários anos ou aquele que compra pinheiros naturais e os transforma em um problema para a cidade, comprando uma espécia sem nem saber qual é e plantando-a sem orientação? Ou aquele que descarta árvores naturais, que consumiram água, nutrientes do solo e outros produtos para serem cultivadas?

O jornal São Paulo Zona Sul questionou a Secretaria sobre o projeto, mas não obteve resposta.

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