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Meio ambiente

Armazenar água demanda cautela

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Em tempos de escassez, muitos optam por manter água em recipientes, sem se preocupar com a proliferação do mosquito da dengue

Asituação dos reservatórios de água que atendem a demanda da Grande São Paulo, em especial no Sistema Cantareira, continua crítica. Esta semana, o Governo do Estado anunciou que o consumo excessivo poderá resultar em multas para os clientes da Sabesp. Paralelamente, o Estado vive um outro quadro complexo – do aumento de casos de dengue registrados, o que representa a necessidade de evitar a proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegipty, que se reproduz em água limpa.

Os dois problemas estão intimamente relacionados à proteção ambiental e a ações sustentáveis. A urbanização acelerada mundial representou não apenas um aumento substancial no consumo de água, quanto, paralelamente, problemas no armazenamento dela. Guardar água de maneira inadequada foi um dos fatores que levou à proliferação de mosquitos como o Aedes aegipty, transmissor da dengue e outras doenças. Para se ter ideia da gravidade da situação, a dengue é hoje a principal arbovirose no mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde, um número entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas são infectadas todos os anos por ela.
Assim, neste momento de necessidade de economia de água, o paulistano precisa ter cuidados redobrados, tanto para a economia do recurso natural mais importante do planeta quanto para evitar a proliferação de vetores de doenças.
Para contribuir nesse processo, é essencial que a preocupação com a economia de água não se transforme em armazenamento incorreto. Quem reaproveita água da máquina de lavar roupas ou da limpeza de verduras para regar as plantas precisa fazê-lo de forma imediata. Ou, caso a opção seja por guardar a água, é preciso deixá-la bem tampada.
Outra preocupação é em manter a limpeza do ambiente, usando panos molhados, por exemplo, e evitando a lavagem constante. Além de economizar água, evita-se o acúmulo dela em vãos e objetos. Caixas d’água bem tampadas evitam a evaporação e consequente desperdício, ao mesmo tempo em que impedem a formação das larvas. Baldes e tonéis devem estar sempre vazios e limpos, longe das chuvas e, quando armazenam água, precisam ser cobertos ou ter a água tratada.
Tampas, latas, embalagens plásticas devem ser encaminhadas para reciclagem ou jogadas no lixo, mas nunca deixadas expostas em áreas onde chove. O mesmo vale para pneus, brinquedos, lonas, bacias… Destine objetos sem uso ao cata-bagulho ou aos ecopontos da Prefeitura.
Vale ainda atenção especial para plantas como bromélias e espadas de São Jorge – regue apenas a terra para evitar que acumulem água, enquanto que os pratos sob os vasos devem estar recobertos de areia. As piscinas devem estar sempre tratadas com cloro ou cobertas, da mesma forma que fontes e outros adornos domésticos com água.

 

Todos os recipientes, pequenos ou grandes, devem estar vazios e limpos ou tampados para não formar larvas

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