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Urbanismo

Ambulantes se cadastram para atuar ao lado do Hospital São Paulo e estações de metrô

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Em apenas um mês, mais de três mil pessoas se cadastraram para atuar como vendedores ambulantes temporários na capital. Duas mil já conquistaram a autorização da Prefeitura para trabalhar nos pontos desejados. O novo programa permite que os interessados se cadastrem online e indiquem os endereços de interesse. É possível, inclusive, determinar dias e horários em que os serviços serão prestados.

“Pipoqueiros, por exemplo, não eram legalizados na cidade porque dificilmente querem ficar em ponto fixo. O interesse é estar na porta de escolas, igrejas ou outros locais de movimentação em dias e horários específicos”, explica o secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi.

Na região de Vila Mariana, Saúde e Jabaquara, os pontos mais atrativos são o entorno do complexo Unifesp/Hospital São Paulo, o Parque do Ibirapuera e as regiões próximas às estações de metrô.

Também há procura por legalização nas áreas próximas a faculdades e escolas, sobretudo na Vila Mariana.

“Mas ficamos surpresos em perceber que mesmo em bairros mais distantes do centro expandido houve solicitações de regularização”, relatou Modonezi, em entrevista coletiva a veículos regionais e rádios comunitárias (foto).

O secretário ainda apontou que a organização do sistema online, a definição de critérios online e a necessidade de legalização traz segurança tanto a quem vendo quanto a quem compra, na cidade.

Mais do que isso: a Prefeitura agora partirá para a fiscalização do comércio ambulante em vias públicas. “Estamos ampliando o número de equipes de apreensão, que eram apenas 40. Outras 100 passarão a atuar nos próximos dias”, garantiu, destacando que a região da Vila Mariana é uma das que deve receber maior número de equipes.

Modonezi explica que o famoso “rapa” agora vai não apenas recolher mercadorias vendidas irregularmente ou em áreas proibidas pela legislação, mas também fiscalizar a limpeza no local de trabalho dos ambulantes. “Quando fazem o cadastro, os interessados se comprometem em manter a conservação do ponto onde atuam”, diz.

Modonezi, que já foi subprefeito de Vila Mariana há mais de dez anos, avalia que o novo programa – que ganhou o nome de “Tô Legal” – está em sintonia não só com o atual quadro econômico do país, com alto desemprego e que joga muitas pessoas em situação de informalidade, mas com uma realidade com a qual a cidade convive há décadas. “Quando fui subprefeito e saíamos em blitze de apreensão no entorno do Ibirapuera, eu achava aquilo tudo muito triste. Não é legal voltar pra casa depois de um trabalho desses”, relembra.

Agora, celebra, um pipoqueiro já foi autorizado a trabalhar nas proximidades do parque. “Correr atrás dessas pessoas por 40 anos não funcionou. Estamos tentando pensar diferente”, constatou.
O secretário das Subprefeituras ainda relata que está sendo feito um trabalho conjunto entre várias pastas da atual gestão, para garantir o sucesso do programa. Há, por exemplo, uma sobrecarga da Prodam – Companhia de Processamento de Dados do Município – para permitir a criação de senhas web para todos os interessados e agilizar o processo, que é todo informatizado. Mais de 100 mil pessoas já visitaram o site do programa no primeiro mês de funcionamento.

Além disso, há aumento na demanda por licença e treinamento pela Vigilância Sanitária, para os ambulantes que pretendem trabalhar com comida.

E, em breve, já estarão sendo ativadas novas fases do programa, buscando profissionalizar os ambulantes, em parceria com a Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, com registro de MEI (Micro Empreendedor Individual), oferta de cursos e parcerias com Sebrae e outras instituições.
Leia em nosso site mais informações sobre consulta e registro no sistema do Tô Legal: www.jornalzonasul.com.br
O Sistema
Qualquer pessoa pode consultar e ver quais os ambulantes cadastrados e onde estão atuando. O sistema online é totalmente informatizado e elimina a burocracia para a emissão das autorizações. Assim, qualquer pessoa pode denunciar a venda de produtos ilegais na cidade pelo Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo, o SP156.

Como participar

O processo de obtenção do documento no “Tô Legal!” é bastante simples: o interessado acessa o serviço na internet, onde encontra informações como um mapa para verificar a disponibilidade do local de interesse e a documentação necessária para obter o “Tô Legal!”.
A partir daí, é só solicitar a autorização para trabalhar no ponto escolhido e pelo período desejado – um dia, uma semana, por exemplo, ou um mês. O endereço para acesso é www.tolegal.prefeitura.sp.gov.br.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. maria

    8 de julho de 2020 at 15:03

    o saite informa que nao tem licença liberada nem abre as opçoes

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