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Ainda não há opções de transporte para o Centro Paralímpico Brasileiro

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O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) fica em uma área isolada da cidade. Embora esteja localizado a menos de dois quilômetros do Terminal Jabaquara – que reúne terminal de ônibus, rodoviária intermunicipal, terminal de tróleibus com ligação ao corredor São Paulo Diadema e estação de metrô – não há nenhuma linha de transporte público que interligue o Parque aos outros modais. Ou seja, para se chegar lá atualmente, só a pé ou de carro.
Acontece que é ali, no PEFI, que está sendo construído o Centro Paralímpico Brasileiro, considerado o maior legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para o Brasil em esporte adaptado de alto rendimento. Assim, como será feito o transporte de atletas para treino no local e, mais do que isso, para deficientes que queiram treinar ali no futuro, mesmo após os jogos? Ou para deficientes físicos que queiram assistir aos jogos? A pergunta vale também para o público em geral que deverá frequentar o espaço.
Deve-se também destacar que, ao lado do Centro Paralímpico está localizado um pavilhão de exposições, onde são promovidas constantes feiras e eventos, o SP Expo, antigo Centro de Exposições Imigrantes. Em geral, quando há programas ali, são implantadas linhas de ônibus gratuitos conectando o terminal Jabaquara ao Pavilhão, mas apenas de forma temporária.
O Centro Paralímpico Brasileiro deve aumentar o fluxo de pessoas e veículos na região, após inaugurado. Mas, pelo jeito, por enquanto, não há planos para garantir linhas de transporte público para o local.
Há três semanas, o jornal São Paulo Zona Sul vem buscando informações junto à Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência sobre eventuais projetos para atender esta demanda, mas não obteve resposta.
A obra é uma parceria do Governo do Estado, através da SEDPCD, com o Governo Federal, através do Ministério do Esporte. Entretanto, questionamos também a Prefeitura para saber se há planos de implantar alguma linha regular de ônibus que atenda o local, inclusive com veículos adaptados para atendimento a pessoas com deficiência.
A frota do sistema municipal de transportes de São Paulo é composta por 14.839 ônibus, dos quais 11.760 são acessíveis . A inclusão vem ocorrendo de forma gradativa, conforme a renovação da frota, até que chegue à totalidade dos veículos. Nenhum ônibus novo entra no sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo sem que seja acessível. Do ano de 2013 até o momento, a cidade ganhou 2.517 novos coletivos, todos acessíveis. Em todas as 1.300 linhas da cidade circula, pelo menos, um ônibus acessível.
A SPTrans informou, em nota, que “tem nos seus objetivos a prestação de serviços de transporte coletivo municipal quando polos geradores são criados, entre eles polos esportivos como o citado”. Por isso, ainda segundo a empresa, quando a sua operação estiver iniciada a SPTrans estará presente no atendimento ao local “se solicitada pelos organizadores”.
A empresa informou ainda que uma nova licitação para operação do sistema de ônibus na capital que prevê, de imediato, a acessibilidade em toda a frota que passará a circular na cidade. Aponta ainda que mantém o Serviço de Atendimento Especial (Atende), que tem como objetivo transportar pessoas com deficiência física com alto grau de severidade e dependência, que conta com 369 veículos adaptados.

 

O novo Centro Paralímpico Brasileiro está sendo construído em área entre a Rodovia dos Imigrantes e o Parque do Estado: público – com e sem deficiência – terá transporte?

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