Urbanismo
Água Espraiada: suspensão das obras gera dúvidas
Em 3 de julho, foi anunciada a suspensão das obras do túnel que ligaria a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes. Segundo o prefeito, o projeto tem custo muito alto para benefício social muito pequeno, além de representar um incentivo ao transporte individual, quando a proposta da atual gestão é valorizar o transporte coletivo. Por isso, segundo o prefeito Fernando Haddad, seriam priorizados, dentro da Operação Urbana Água Espraiada, os trabalhos de construção de moradia popular quanto os de urbanização do bairro, com formação de parque linear.
A notícia foi celebrada por muitos moradores do Jabaquara – tanto aqueles que vivem em casas formais, que seriam desapropriadas para dar lugar ao túnel, em bairros como Vila Fachini e Jardim Aeroporto, quanto aqueles que vivem em comunidades ao longo do Córrego Água Espraiada.
Mas, passada a empolgação inicial, a comunidade começa a fazer perguntas que não são respondidas pela Prefeitura.
Há dois meses, o jornal São Paulo Zona Sul tenta, sem sucesso, obter resposta para algumas dúvidas recorrentes da população do Jabaquara.
Na região de Vila Fachini, Sítio da Ressaca, Cidade Vargas, Jardim Aeroporto e outros bairros que seriam fortemente afetados por desapropriações para construção dos desemboques e poços de ventilação dos túneis, os moradores querem saber o fato de a obra ter sido suspensa significa que as alterações propostas pelo ex-prefeito Gilberto Kassab podem ser revogadas.
Na gestão anterior, o trajeto da interligação viária entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a rodovia dos Imigrantes foi completamente modificado pela equipe de Kassab. Ele precisou até apresentar um novo decreto para aprovação dos vereadores, para fazer com que o traçado, todo em túnel e bem mais caro, passasse até mesmo por região fora da delimitada pela lei original da Operação Água Espraiada.
Em campanha, Haddad havia se comprometido a reestudar a obra, mas como os contratos já estavam assinados a população tinha dúvidas sobre o futuro do projeto.
O grande problema é que muitos proprietários alegam que não podem reformar ou sequer vender o imóvel, por conta da incerteza que paira sobre o projeto. Será aquele lar efetivamente desapropriado ou não? Quanto tempo levará para que os proprietários tenham a informação correta?
Outra dúvida surgiu entre lideranças comunitárias do Jabaquara. Embora muitos admitam que a mudança proposta pelo ex-prefeito havia encarecido demais o projeto, além de não trazer benefícios diretos à região, agora os moradores querem saber se haverá alguma medida para reduzir os problemas de tráfego locais. Atualmente, a Avenida Jornalista Roberto é considerada pela comunidade como uma “avenida sem saída”, já que termina em uma favela, junto ao córrego Água Espraiada. Depois que foi construída a Ponte Estaiada sobre o rio Pinheiros, o tráfego apenas aumentou e todo o fluxo viário é direcionado para áreas residenciais do Jabaquara.
Por fim, está no ar também a dúvida sobre o custo que esta suspensão terá. Como os contratos foram assinados ainda na gestão anterior, teria Haddad quebrado o contrato, ficando sujeito a multas?
A SP Obras, autarquia municipal responsável pelo projeto, não responde. A assessoria de imprensa do prefeito Fernando Haddad também diz que não há novidades sobre o tema por enquanto…
Walter
11 de setembro de 2013 at 14:45
Só tenho uma coisa a falar: Haddad, você está cavando o seu próprio enterro na política de São Paulo.
Está acabando com o trânsito de São Paulo.
Não vá achando que corredor de ônibus será a solução para o transporte público.
Sai fora, prefeito.
carlos
25 de setembro de 2013 at 13:11
Concordo com Vç. Walter, o tempo dirá
O Prefeito deveria soltar uma lei proibindo que a população não compre mais carro, o Maluf resolveu grande parte do problema de transito na cidade fazendo obras, como a Av.Roberto Marinho. que ate hoje ninguem terminou.
Já pensou se o Maluf não tivesse feito nada, Sao Paulo já tinha parado a muitos anos atrás
Prefeito resolva logo o que vai fazer com o Prolongamento da Av. Roberto Marinho, nosso bairro não merece estar como esta hoje, já se passou um ano e até agora nada
Cecília
25 de setembro de 2013 at 17:13
Eu discordo! Acho que já passou da hora de a cidade priorizar o transporte coletivo. E que absurdo é esse de proibir as pessoas de ter carros? As pessoas são livres, muitos só agora estão conquistando o poder aquisitivo para consumir e aí vamos proibi-los? Temos é que criar alternativas para que o uso do carro não seja imperativo, ou seja, a pessoa pode ter o carro mas não obrigatoriamente vai ter que usa-lo. Ela pode escolher usar o carro só para ir ao supermercado ou sair à noite com a família, se tiver opções para ir ao trabalho ou estudo de ônibus! Construir avenidas só estimula o uso de transporte individual e o trânsito dessa cidade vai acabar travando!
ju oliveira
26 de setembro de 2013 at 12:06
PT QUANDO ENTRA EM AÇÃO, DESTRUINDO NOSSA NAÇÃO
carlao souza
18 de outubro de 2013 at 20:51
Nossa Pais é uma mãe Joana mesmo, quanto foi gasto com estudos ambientais,projetos, reuniões, embargos,debates, licitações, centenas de pessoas pagas e envolvidas, anos de discussãoe agora vem um asqueroso e para tudo? Nosso dinheiro não tem dono mesmo, um manda e outro desmanda, raça de politicos incompetentes, qualquer analfabeto pode mudar o que foi aprovado.
antonio donisee gomide
22 de outubro de 2013 at 10:37
sr. prefeito estamos juntos com você para prosseguir a av. roberto marinho, mas pelo amor de Deus CANCELE o projeto do Kassab.Temos que reformar minha casa mas não tenho coragem
Ariadne
29 de outubro de 2013 at 21:46
Então o dinheiro do contribuinte só serve para ser gasto com as tais reuniões para decidir que vai parar tudo e deixa o pessoal invadir e pedir moradia com protestos??
Se o cidadão de bem tiver vergonha na cara não vota em incapaz!! eta administração mediocre essa heim!!!
Ana liz
7 de dezembro de 2013 at 1:18
Conheço pessoas que guardaram dinheiro,compraram um terreno na região Sul,Grajaú … e por aí vai, por ser mais barato.
Construiram com sacrifício.
Enquanto que muitos que moram na favela do buraco quente,lugar infestado de marginais,tem carro, tv de ultima geração, nn pagam água,luz e vão ganhar moradia na região mais valorizada, sem esforço.
Isto tudo e mais a suspensão do projeto para mim tem um único motivo…..reduto eleitoral do PT.
carlos roberto camargo
27 de dezembro de 2013 at 16:52
É tudo demagogia pura dess PETISTA, TÃO SAFADO QUANTO O RESTANTE…Lula , zé dirceu, jenoino etc….usam os favelados como massa de manobra só para não gastar o que foi comprometido no orçamento, o duro é que quem leva na cabeça somos nós, que não temos continuação, nem METRÔ e muito menos segurança, a vila santa catarina virou terra de ninguem….enquanto que o aeroporto, campo belo e brooklin estão comemorando os predios que a todo dia levantam um, qual o problema se esses moradores forem morar em sto amaro, diadema, jardim miriam….eu comecei minha vida comprando uma casa no campos limpo, nunca apareceu ninguem na minha porta para saber se eu não queria morar ao lado da minha familia, do meu serviço que fica no aeroporto….. é muita mordomia mesmoooo
Pingback: Operação Urbana Água Espraiada – Obras Av. Roberto Marinho – Favelas | Eng. Urbanista Vagner Landi
carlos
30 de janeiro de 2014 at 14:22
Só queria saber uma coisa cadê o Ministerio Publico, que não cobra da Prefeitura 0 inicio das obras do prolongamento da Av. Roberto Marinho, uma vez que tem contratos assinados e muito dinheiro já envolvido, que pagamos com nossos impostos.O Kassab disse que estava iniciando as obras em 27-12-12, e que era irreversível a não continuidade a partir daquela data (eu estava presente quando o mesmo anuncio), e dai palavra de Prefeito não vale mais nada
Jose Carlos
20 de fevereiro de 2014 at 14:52
Nao ha seriedade neste Pais,sempre alteram as coisas para pior,informo que a favela ao final da espraiada no Jd Aeroporto continua engrossando com muito mais residencias>> digo barracos,e o fim,tambem o crime no bairro continua aumentando a partir dessa alteracao desse prefeito do pt.
Zuleide
4 de abril de 2014 at 8:24
Sou moradora do Jabaquara a mais de 40 anos, suspenderam a obra e com isso se vendermos vai ter que ser por um preço menor e avisar que corre o risco de ser desapropriado, se reformar e desapropriar perco dinheiro investido e o pior que isso vai se prorrogar por mais alguns anos, estamos com uma espada sobre nossas cabeças
soraia conceição da silva
3 de agosto de 2015 at 19:40
Só gostaria de saber se os prefeito conseguiria pagar aluguel com R$ 400,00 se nem dentro de outra comunidade estamos conseguindo encontra barraco por 400,00;
Olha só isso é uma falta de respeito com os moradores eles falam que estão dando o auxilio aluguel eles não estão fazendo mas que a obrigação deles afinal de contas o proprietário é a prefeitura realmente mas o possuidor do terreno que eles estão desapropriando somos nós vamos tirar as pessoas de dentro de sua moradia onde viveu uma vida inteira tem gente que tem mas de 50 anos morando no local e colocar para receber um misero auxilio aluguel de R$ 400 e muita falta de respeito pois o nosso salario no pais que vivemos mal ta dando para compra o arroz e o feijão imagina para pagar aluguel de 600 e 900 reais.
Esse projeto foi muito mal planejado se sabiam que iriam ter que mexer com tantas pessoas humildes porque não fizeram primeiro os as moradias popular e colocaram as pessoas dentro para depois desapropria os terrenos.
quem movimenta a grana desse pais somos nós pessoa não são tuneis pontes e nem avenidas acorda prefeito é olha pelo menos uma vez para a realidade das pessoas que vivem nas comunidades.