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Urbanismo

Afinal, Congonhas terá voos internacionais?

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M ais de um ano depois de ter vencido a concorrência para administrar o Aeroporto de Congonhas a concessionária espanhola Aena vai assumir finalmente em 17 de outubro. Tudo já com planos para ampliação, modernização e, inclusive, início de operação de voos internacionais, que não eram opeardos a partir dali desde a década de 1980.
Congonhas faz parte de um lote arrematado em leilão realizado em agosto do ano passado. A informação é de já foram investidos R$ 3,3 bilhões antes mesmo de assumir a administração desses aeroportos. Por enquanto, há ainda uma equipe que está cuidando da operação de transição. com mais de 60 profissionais trabalhando nisso. Também já foi feito treinamento com os funcionários que vão assumir essas unidades.
De acordo com as regras da concessão, que vale pelo período de 30 anos, até 2028, a concessionária terá que melhorar o atendimento aos passageiros, com investimentos em toda infraestrutura de Congonhas.
No aeroporto localizado na divisa entre Jabaquara e Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, estão previstas algumas novidades que poderão impactar a fluidez e segurança no entorno, como ampliação da sala de embarque remoto; readequação das vias de acesso; e ampliação do pátio de aeronaves, com novas posições de contato; estacionamento e vias urbanas associadas.
Haverá ainda reforma dos banheiros; revitalização da fachada do aeroporto e dos pavimentos das pistas de táxi; e construção de um novo terminal de passageiros.
Melhorar a capacidade de processamento de passageiros e bagagens no aeroporto, incluindo terminal também estão na lista de projetos.
Já a retomada de voos internacionais, que vem sendo cogitada desde o processo de concessão, ainda é incerta. A ideia é que o aeroporto volte a receber voos da América Latina, nada que ultrapasse cinco horas de voo. Mas ainda estão em debate as regras e condições para essa retomada.
História
Congonhas surgiu num descampado na antiga Villa de Santo Amaro, inaugurado em 12 de abril de 1936. Para ampliar o Aeroporto nos anos seguintes à inauguração, foram desapropriadas áreas vizinhas na década de 1940. No final dessa década, chegaram a ser iniciadas as obras para construção de três pistas para pousos e decolagens, mas apenas a principal chegou a ser construída.
Dois acidentes marcaram a história de Congonhas e geraram fervorosos debates sobre a necessidade de reduzir o movimento. Em outubro de 1996, um fokker 100 da TAM caiu sobre casas no Jabaquara segundos após a decolagem, rumo ao Rio de Janeiro, matando 100 pessoas. Em 17 de julho de 2007, outro voo da Tam ultrapassou a pista de Congonhas e atingiu prédios na Av. Washington Luiz, ao pousar vindo de Porto Alegre, marcando cerca de duas centenas de pessoas.

Região também pode ganhar dois shopping centers

Para além da modernização do próprio aeroporto e suas áreas de embarque, desembarque e pistas, áreas administrativas e de controle de tráfego aéreo, há ainda outro projeto que promete transformar o Aeroporto e aumentar a movimentação em torno dela.

Serão investidos 1,2 bilhão de reais para construir um Megacenter do grupo Leroy Merin. O novo shopping será erguido na área onde ficavam os hangares da antiga e falida VASP (Viação Aérea São Paulo).

Os antigos hangares da VASP ficaram abandonados por muitos anos, até mesmo com carcaças de antigas aeronaves até que, em 2017, a Infraero abriu processo para conceder a área à iniciativa privada.

O novo shopping terá quatro subsolos, térreo e mais três pisos, outros três intermediários e uma cobertura, num total de área construída que supera meio milhão de metros quadrados.

Terá cerca de 260 lojas, sendo 65% compostas por megalojas e âncoras e de 35% de lojas satélites e serviços. Será ancorado por uma Loja da Leroy Merlin, com ~ 13.000 m2, um conjunto com oito salas de cinema com 3.800 m2, Coworking com ~ 5.700 m2; lojas de Vestuário & Moda; loja para Pet’s; lojas de Eletroeletrônicos, além de espaços para supermercado, restaurantes e outros serviços.A licitação foi vencida pela empresa Leroy Merlin, que já conta com outras lojas de grande porte espalhadas em diferentes bairros da cidade, no ramo de produtos de construção, decoração e reforma.

A mesma região ainda pode ter outro empreendimento similar, mas não na área do Aeroporto de Congonhas e sim no terreno da Cruz Vermelha, ainda na Avenida Moreira Guimarães.

O Grupo Iguatemi pretende construir ali um centro de compras mas há discussões acerca da preservação histórica e ambiental da área e proximidade com bairro residencial.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Cleide

    8 de outubro de 2023 at 7:58

    Parabéns pela matéria.

    Fiquei na dúvida sobre a data (a concessão até 2028?).
    E preocupada com o trânsito do corredor Norte-Sul que já é intenso na região do Aeroporto de Congonhas.

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