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Ações para proteger o meio ambiente

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Quando se fala em Dia Mundial do Meio Ambiente – data celebrada em 5 de junho – muitos ainda tomam por referência a proteção das florestas e reservas ecológicas ao redor do planeta, a recuperação dos oceanos, a preservação da fauna e da flora, o equilíbrio dos ecossistemas, o combate à poluição e a criação de fontes alternativas de energia.

Todas essas são, efetivamente, preocupações atuais e urgentes, mas no cotidiano do cidadão comum há muito a ser feito de forma mais simples e que acaba também gerando resultados globais, quando desenvolvidas por toda a comunidade, em grande escala.

A quantidade de resíduos gerados por nossas famílias em ambiente doméstico tem grande repercussão em todas essas preocupações globais, por incrível que possa parecer. E muitos já ouviram falar na importância dos 3 R’s – Reduzir (evitar o desperdício e diminuir a quantidade de resíduos que geramos todos os dias), Reaproveitar (antes de descartar, aproveitar ao máximo tudo que compramos – das embalagens aos alimentos, passando por roupas e bens duráveis) e, finalmente, Reciclar (reinserir na cadeia econômica os itens descartados do ambiente doméstico na maior quantidade possível, através de processos que reciclam materiais como vidro, plástico, metal e papel).

Se apelarmos para a criatividade e também desenvolvermos os conceitos de sustentabilidade, inclusive em busca de mais saúde física e mental, entretanto, há várias outras ações que podemos programar em nossa rotina de forma a proteger o meio ambiente e desenvolver a qualidade de vida em meio urbano.

Na metrópole paulistana, há muitos “verbos” que podemos acrescentar no dia a dia para reduzir os resíduos, economizar dinheiro e ter melhores relacionamentos com a família e a comunidade.

Separar e enxaguar

Entre as sugestões mais simples e que trazem benefícios para a cidade e todos seus habitantes está a prática de separar o lixo em dois: comum e recicláveis.

No saco de lixo comum, vão coisas que não podem ser reaproveitadas, como sobras de comida, sujeira da varrição da casa, folhagens retiradas do jardim, lixo de banheiro (papel higiênico, fraldas, absorventes, hastes de algodão…).

Já as embalagens de uso cotidiano, em geral, podem ser recicladas. São garrafas pet ou de vidro, sacos plásticos ou de papelão, potes de plástico ou vidro, caixas longa vida, latinhas de alumínio (sucos, refrigerantes, cerveja…) ou ferro (molhos, conservas etc).

Para ampliar a eficiência e ainda demonstrar respeito às equipes que fazem a separação dos recicláveis em cooperativas e na Central Mecanizada de Triagem Carolina Maria de Jesus, ajude com um enxágue no material, evitando o mau cheiro e facilitando o processo.

Depois, coloque todos os recicláveis em um único recipiente (podem ser as sacolas verdes fornecidas no comércio) e consulte o dia em que a coleta seletiva passa em sua rua.

Nas zonas sul e leste da cidade, esse serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental, que também é responsável pela coleta de lixo domiciliar comum. Para saber quando cada equipe passa em sua rua, basta acessar o site ecourbis.com.br e consultar, na aba Horário da Coleta, que vai informar dia e hora em que a coleta seletiva e a coleta tradicional são feitas ali.

Eliminar alguns hábitos

Se a separação e o enxágue são atitudes simples de encaixar na rotina, há outros hábitos fáceis de eliminar no dia a dia.

Jogar bitucas pelas ruas, deixar de recolher as fezes dos animais durante o passeio, varrer a sujeira do quintal para a rua.

Comprar perecíveis em excesso, deixar estragar comida e jogar fora aquela sobra de arroz, usar muitos descartáveis e levar para casa mais roupas do que o necessário, só porque havia uma liquidação.

Outro hábito fácil de abandonar e que é muito importante para a cidade é de respeitar os horários da coleta. Evita que o lixo se espalhe nas ruas por ação de animais, vândalos ou que sejam levados por eventuais enxurradas.

Caminhar e observar

Para além dessas atitudes básicas e simples da organização e encaminhamento correto dos descartes domésticos, há outras que podem trazer mais saúde e mudar a forma como enxergamos e vivenciamos a cidade.

Uma dica bem legal é: estabeleça caminhadas pelo seu bairro. De preferência, sem o celular em mãos. Preste atenção nos novos estabelecimentos comerciais que se formaram nas redondezas. Prestigie o comércio local, que gera empregos, que facilita seu deslocamento sem a poluição do carro, com mais economia.

Aproveite para levar até a farmácia as cartelas de remédios que terminaram, as sobras e outras embalagens de medicamentos que não devem ser descartadas no lixo comum.

Tem alguma loja de material de construção ou de iluminação? Leve as lâmpadas que não funcionam mais. Coloque as pilhas e baterias desgastadas no bolso e descarte corretamente em padarias ou supermercados que contam com repositórios específicos para esse tipo especial de resíduo.

Descubra também praças que contam com aparelhos de ginástica ou playgrounds para crianças e passe a frequentar esses espaços públicos em horários livres. Há pesquisas que indicam que a comunidade preserva melhor os espaços quando sabe a importância que têm.

Descobrir iniciativas legais

Ter um equilíbrio entre a vida online e os passeios pelo bairro é sempre produtivo.

A internet pode indicar também associações que estejam aceitando doações de utilidades domésticas, móveis, livros, roupas, calçados, brinquedos. Tudo aquilo que já não serve mais, que está esquecido nos armários, nos quintais, nas estantes e gavetas deve ser doado – desde, claro, que esteja em bom estado e condições de uso.

Outra boa busca no ambiente virtual é por campanhas de coleta de recicláveis que contribuem para ações sociais. Quem nunca ouviu falar da coleta de lacres de latinhas de alumínio para troca por cadeiras de rodas? Ou das coletas de tampinhas plásticas de garrafas pet?

Basta separar em casa um pote e ir juntando esses pequenos itens recicláveis e depois levar para as entidades que lideram esses movimentos.

Conversar e compartilhar

Recentemente, foi divulgado o resultado de um estudo mundial desenvolvido por pesquisadores do Institute for the Quality of Life (Instituto para a Qualidade de Vida), trazendo o Índice Cidade Feliz 2025.

A capital da Dinamarca, Copenhague, ganhou destaque especialmente na categoria Meio Ambiente — que avalia espaços verdes e sustentabilidade de gestão de resíduos.

Esse estudo também vem mostrando, ao longo dos anos, que as cidades em que as pessoas participam de eventos e desenvolvem senso de comunidade trazem mais qualidade de vida e sensação de bem-estar.

Assim, um caminho para sustentabilidade e desenvolvimento local parece ser o entrosamento com a vizinhança, colegas de escola e trabalho, instituições comunitárias…

Grupos de pessoas, integrantes ou não de organizações, podem facilitar a vida cotidiana. E ainda garantir menor geração de resíduos e economia.

Como? Há várias iniciativas interessantes de grupos em condomínios que instalam caixas de doação – seja de tampinhas e lacres para campanhas ambientais, seja de lixo eletrônico para evitar o descarte incorreto. Há ainda a possibilidade de estabelecer trocas e compartilhamentos.

Enquanto as crianças podem trocar livros que já leram e brinquedos que estão esquecidos, adultos podem combinar empréstimos de itens pouco usados como ferramentas e furadeiras, evitando a compra.

Compartilhar informações, receitas com o uso de cascas, ideias de passeios e sugestões de consumo… O consumo consciente e a qualidade de vida estão sempre conectados.

Valorizar coisas mais simples

Sustentabilidade pressupõe consumo consciente. Ou seja, a economia precisa girar, empregos serão gerados, desenvolvimento social vem junto com avanços do meio urbano criando conforto para toda a comunidade.

Mas, excessos não fazem parte dessa lógica. Comprar coisas de pouco uso, consumir em excesso, descartar muito apenas indicam gastos desnecessários que podem até comprometer a economia doméstica e não trazem benefícios pessoais ou familiares.

Então, programar e planejar compras precisa estar na agenda das famílias contemporâneas. E o ideal é que essa agenda também inclua passeios que valorizem o contato com a natureza.

Piqueniques em parques podem ensinar a crianças e adultos a importância de valorizar coisas mais simples, comida saudável e sem embalagens. Frutas, sucos naturais, lanches em lugar de pacotes de salgadinhos e bolachas além de melhores para o organismo também evitam a geração de resíduos.

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