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Meio ambiente

Crescem as iniciativas para conter desmatamento

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O desmatamento ilegal da Floresta Amazônica continua intenso no país e um dos principais fatores é o aumento das áreas destinadas à criação de gado. É possível para o consumidor contribuir para que este processo não seja incentivado pelo simples ato de comprar carne? Algumas ações visando ao consumo consciente da carne de boi e derivados pode ter resultados. Uma delas é a chamada “Segunda sem Carne”, uma campanha encabeçada pela Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e Sociedade Vegetariana Brasileira,para incentivar a redução no consumo de carne, pelo menos por um dia da semana.
No início de dezembro, outro movimento neste sentido ganhou destaque: o Pacto com os Supermercados pela Pecuária Sustentável no Brasil, do Ministério Público Federal (MPF). Com a iniciativa, que acaba de ser premiada, grandes redes de supermercado passaram a oferecer linhas de produtos rastreados desde a origem, permitindo que os consumidores saibam que a carne que estão comprando não é resultado de desmatamento ou trabalho escravo. O prêmio foi concedido pelo Instituto Innovare.
Termo de Cooperação pela Pecuária Sustentável foi firmado no final de março entre o MPF e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O objetivo é evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia ou onde tenham sido constatadas irregularidades como invasão de terras públicas e trabalho escravo.
O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, disse que o prêmio é uma oportunidade de dar visibilidade ao projeto, “de mostrar que é possível para o consumidor participar do controle do desmatamento ilegal na Região Amazônica”. De acordo com Avelino, o pacto conta com a participação das empresas e dos consumidores. “Logo após a assinatura do acordo, grandes redes de supermercado lançaram linhas específicas de produtos com a identificação de origem. O consumidor, na prateleira do supermercado, consegue atestar a origem do produto e ter a comprovação de que o produto não é fruto nem de desmatamento nem de trabalho escravo”, acrescentou. Muitas empresas lançaram, inclusive, selo específico para facilitar esta identificação.
A Abras orientará as empresas do setor supermercadista sobre práticas para a coibir o trabalho escravo, ampliar a redução do desmatamento e combater o abate clandestino.

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