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Urbanismo

Bairros da região sofrem com falta de estacionamento

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Há um ano e meio, a Prefeitura apresentou um ousado projeto para transformar a forma de se estacionar na cidade de São Paulo. Como em outras grandes cidades do mundo, seriam criadas garagens verticais, ou seja, prédios, para aumentar consideravelmente o número de vagas por toda a cidade. O projeto previa 64 garagens, com até 400 lugares em cada uma para atender a demanda de estacionamentos na cidade e aumentar a fluidez do trânsito, já que a parada em vias próximas seria proibida. Vila Mariana, Ibirapuera, região do Detran, Paraíso, Praça da Árvore, Rua Pedro de Toledo e região da Vila Clementino estavam na lista de áreas que seriam beneficiadas pelos novos edifícios-garagem. Mas, já em meados do ano passado, a Prefeitura passou a dar sinais de que desistiria da proposta original. O endereço exato de cada novo prédio não chegou a ser definido, porque dependeria da existência de terrenos viáveis e ficaria sob a responsabilidade das empresas contratadas para as obras. Em entrevista ao site G1, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra afirmou, em meados do ano passado, que seriam abertos editais de licitação, ainda no ano passado, apenas para quatro estacionamentos, todos eles na região central. Procurada pela reportagem do jornal SP Zona Sul, a SEMDET ainda confirma que o edital será lançado, mas realmente apenas para três garagens no centro. O problema é que o custo destas obras é muito alto e poucas empresas se mostraram interessadas. A Prefeitura havia optado por apresentar um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), mecanismo pelo qual as empresas interessadas proporão projetos para a instalação da Zona Azul Vertical. A empresa autora do melhor projeto seria posteriormente, remunerada pela vencedora da licitação da Zona Azul.Nem mesmo o anúncio de que as empresas vencedoras poderiam explorar a Zona Azul já existente durante as obras e que as vagas próximas seriam eliminadas após a construção dos edifícios garagens aumentou o interesse da iniciativa privada. Outro problema é a falta de terrenos disponíveis no chamado centro expandido, ou seja, em bairros repletos de condomínios e estabelecimentos comerciais como os inseridos nos distritos de Vila Mariana, Saúde e Jabaquara. Com o mercado imobiliário aquecido, os terrenos existentes nestes bairros acaba atraindo a atenção de construtoras interessadas em lançar novos condomínios, e não sobra área para estacionamentos.A Prefeitura também não concretizou as propostas o aumento de Zona Azul em todas as regiões da cidade e a instalação de parquímetros, aqueles equipamentos eletrônicos de cobrança de estacionamento em vias públicas.Pedágio?Com a aproximação das eleições municipais deste ano, um dos temas de destaque já está claro: a mobilidade urbana. O debate sobre a necessidade de implantar um pedágio urbano também foi novamente lançado. Mas, a pergunta que o paulistano deveria se fazer é: os gastos com Zona Azul e estacionamento particular já não superam o que se gastaria com um eventual pedágio para acessar a região central.

 

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