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Deixe a cidade limpa

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Para quem não acredita que pequenas atitudes fazem grandes diferenças, a limpeza pública urbana em uma metrópole do porte da capital paulista mostra que é, sim, possível modificar todo um cenário por meio de coisas bem simples.

Uma cidade sem sujeira é mais bonita e agradável de se viver, o que influencia inclusive na saúde mental de seus habitantes. Mais do que isso, a limpeza evita a proliferação de insetos e outros animais vetores de doenças.

E tem mais: o controle dos resíduos em meio urbano promove economia nas contas púbicas, contribui para minimizar os problemas decorrentes de enchentes e reduz o nível de poluição de solo, água e ar não só na própria cidade, mas também em rios e mares que recebem as águas pluviais da capital.

Ou seja, ao prestar atenção a pequenas coisas e garantir mudanças cotidianas bem simples é possível contribuir para uma cidade mais bonita, humana e até para a proteção da natureza.

1. Resíduos comuns e recicláveis: precisa separar

A capital paulista é a cidade no país que mais gera resíduos diariamente – sejam eles rejeitos comuns ou recicláveis. Estima-se algo em torno de 12 mil toneladas de lixo por dia só do lixo residencial.

Outra forma bem simples de contribuir para a limpeza urbana é participando da coleta seletiva. Trata-se de uma ação fácil, mas que ainda precisa crescer muito na cidade a partir do engajamento da população.

A capital já conta com uma infraestrutura bem avançada na coleta e separação de recicláveis, que é feita até com uma central mecanizada e cooperativas conveniadas à Prefeitura. Agora, está em implantação a universalização da coleta, ou seja, o serviço porta a porta está sendo expandido por toda a zona sul e leste da capital pela concessionária que atende essa região de 32 subprefeituras da capital, a Ecourbis Ambiental.

Mas, essa estrutura pode ficar ociosa se a população não participar. E isso é muito simples: basta separar os resíduos gerados no ambiente doméstico em dois    o comum e o reciclável.

Em um único saco, devem ser colocados papel, plástico, metal e vidro, desde que limpos. O ideal é enxaguar as embalagens previamente. E não devem ser incluídas, por exemplo, as partes de baixo da caixa de pizza, que está engordurada ou  outras peças usadas no delivery de comida com sobras. Outra dica, nesse sentido, é não usar as latinhas de cerveja e demais bebidas como cinzeiro.

Separando os recicláveis, o munícipe reduz o volume de resíduos encaminhados ao aterro sanitário, garantindo o aumento de sua vida útil, para além do retorno dos materiais à economia após o processo de transformação deles. .

Em outro saco, coloque o lixo comum – restos de comida, papel sujo, resíduos de banheiro, sobras da jardinagem, materiais não recicláveis (porcelana, acrílico, papel plastificado…), tecidos, espetos de madeira, resíduos da limpeza doméstica.

Depois, basta conferir o dia e horário em que cada equipe de coleta passa em sua rua, no site https://www.ecourbis.com.br/coleta/index.html.

2. Cuidado com seu lixo

Quando não disponibilizado pela população corretamente, no horário e dia certos, o lixo deixa rastros muito negativos para a cidade.

Pequenos dejetos nas sarjetas são levados para as galerias pluviais, por exemplo, e podem tanto prejudicar a fluidez da água em dias de chuva, criando riscos de alagamentos, quanto serem levados para rios e mares provocando poluição das águas.

Até mesmo o trânsito da cidade sofre as consequências do lixo descartado incorretamente.

E isso acontece não apenas com a sujeira deixada pelas calçadas e praças, mas também com o próprio lixo doméstico caso não seja corretamente encaminhado para a coleta.  Ou seja: algo bem simples e que é responsabilidade de todo morador da capital.

Os sacos com os resíduos comuns e recicláveis devem ser colocados para coleta no máximo duas horas antes da passagem do caminhão, bem embalado. Não use sacos plásticos frágeis e que correm o risco de arrebentar. E no dia da coleta seletiva, é preciso estar ainda mais atento ao clima. Em dias de chuva intensa, o material reciclável, em geral muito leve, pode ser levado pela enxurrada.

Também é muito importante lembrar de não jogar ou descartar nada nas proximidades de córregos, piscinões e nem atirar lixo em bueiros.

O lixo comum é encaminhado para a Central de Tratamento Leste, um aterro na região de Sapopemba, e o material reciclável é levado às cooperativas de catadores conveniadas à Prefeitura. O que elas não podem processar é encaminhado para a Central Mecanizada de Triagem – CMT Carolina Maria de Jesus, na  região de Santo Amaro, Zona Sul, e todo volume selecionado gera renda para famílias de catadores cooperados.

3. Posse responsável

Ter um animalzinho de estimação é tudo de bom. De preferência, aliás, adotado. Ensina a importância de tratar bem os animais, promove sentimentos positivos como a amizade, incentiva o aprendizado de noções de cuidados.

Mas, o animal é um ser vivo que tem necessidades, sente dor, precisa ser alimentado e ter atenção de saúde. Importante frisar, aliás, que abandono de animais é crime.  Também há um outro ponto importante a observar e que tem relação direta com a limpeza das ruas: recolher as fezes dos animais. Trata-se de uma obrigação prevista em lei, mas também uma ação de cidadania.

Além de sujar a cidade, criar situações desagradáveis para pedestres (em especial aqueles com deficiência visual, pessoas que necessitam de andadores, carrinhos, cadeiras de rodas…), as fezes podem transmitir doenças como toxoplasmose, salmonelose, giardíase, verminoses e outras.

Vale ressaltar que as fezes não devem ser deixadas nem mesmo em canteiros de flores, gramados, praças e parques. Recolha sempre usando saquinhos e depois leve esse resíduo para despejar no lixo doméstico comum ou em lixeiras apropriadas nas vias públicas. Nunca deixe o saquinho com fezes em canteiros ou qualquer área pública.

4. Bitucas, papeizinhos

Agora, esse é o total gerado por todos os domicílios da capital: papel higiênico, sobras de comida, sobras de jardinagem e limpeza doméstica…

Mas soa ainda mais absurdo o volume total de lixo recolhido das ruas e praças. A varrição na capital atinge 8 mil toneladas por dia! Ou seja, o equivalente a dois terços do que geram as residências é recolhido das calçadas, sarjetas, praças públicas…

Que material é esse? Aquele que muitas pessoas desprezam e não consideram que vá sujar a cidade, como bitucas de cigarro, papeis de bala, pequenas embalagens, copinhos de plástico, guardanapos, embalagens de delivery, pequenas sobras de alimentos, gomas de mascar…

Uma atitude simples que pode contribuir para evitar esse tipo de sujeira é levar um pequeno pote ou saquinhos dentro da bolsa. Neles, coloque esses “pequenos resíduos” gerados na rotina urbana. O ideal é trazê-los de volta para casa e jogar no lixo ou separar o que pode ser reciclado.

A ideia é boa também para o carro: lembre-se que jogar qualquer tipo de lixo pela janela é infração de trânsito, passível de multa.

Aproveite e leve também alguma ecobag ou sacolinhas de supermercado para eventuais compras, reduzindo, assim, o consumo de sacolinhas plásticas do comércio.

5. Entulho e bagulho

Os moradores de São Paulo não podem se esquecer, também, que é proibido descartar grandes objetos pelas ruas. Colchões, móveis quebrados, eletrodomésticos inservíveis, estofados, pneus, tonéis antigos, sobras de podas e jardinagem, restos de material de construção e demolição (entulho)… Nada disso pode ser deixado em via pública.

Da mesma forma, não entregue esse tipo de item inservível na mão de “garrafeiros”, aqueles catadores com carrinhos. Há o risco de igualmente deixarem o material em via pública e quem os contratou será igualmente responsável pelo descarte irregular.

Vale ressaltar que essas atitudes representam crimes ambientais, passíveis de multa de R$ 25 mil.

E não há por que cometer esse tipo de crime na cidade. Há mais de 120 ecopontos espalhados por diferentes bairros em todas as regiões da capital e todos eles funcionam inclusive aos domingos e feriados.

Qualquer cidadão pode levar até um metro cúbico diário até esses pontos e descartar de forma gratuita e legal.

Pequenas quantidades de entulho ou sobras de jardinagem também podem ser destinadas à coleta domiciliar de lixo, ou seja, serão levadas pela equipe de coletores no dia regular do serviço, desde que no limite de 50 quilos. Mas, para isso, compre um saco adequado para esse tipo de descarte, em lojas de material de construção, para que não arrebentem no momento da coleta.

Para lixo eletrônico de pequeno porte (pilhas, baterias etc) há pontos de descarte em padarias, supermercados e shopping centers. Para aqueles de grande porte, como aparelhos e eletrodomésticos sem possibilidade de conserto, há alguns pontos de coleta em parques da cidade e em lojas que vendem esse tipo de produto. Em caso de dúvidas, procure o fabricante que indicará qual o descarte correto daquele aparelho.

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