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Saúde

Comércio enfrenta novas restrições e expectativa por vacina aumenta

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O Governo de São Paulo publicou na terça-feira (1º), no Diário Oficial do Estado, os decretos com a atualização das normas do Plano São Paulo e com a extensão do período de quarentena até 4 de janeiro de 2021. Todas as regiões do Estado retornaram à Fase Amarela, por conta do aumento de casos e ocupação de UTIs registrados nas últimas semanas.

Só que muitos comerciantes e empresários estão temerosos de que o recuo será ainda maior e que o Estado pode voltar à Fase Laranja nessa sexta feira, 4 de dezembro. Isso porque, a partir de agora, o prazo de análise de dados da pandemia passa a considerar intervalos de sete dias, e não mais a cada quatro semanas.

O Governo anunciou, por outro lado, que a nova classificação do Plano São Paulo está prevista para ocorrer apenas no dia 4 de janeiro de 2021. E que, até lá, o Governo de SP passaria a fazer o monitoramento e divulgação semanal das estatísticas do coronavírus. Assim, seria possível fazer o acompanhamento contínuo das taxas de evolução da pandemia e de capacidade do sistema hospitalar.O novo mapa começou a valer na quarta (2).

A fase amarela do Plano São Paulo não fecha atividades econômicas, mas torna as regras de funcionamento mais rígidas. Estabelecimentos como bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.

O atendimento presencial em todos os setores fica restrito a dez horas diárias, sequenciais ou fracionadas, e 40% de capacidade. Os estabelecimentos terão que fechar o atendimento local até as 22h. Todos os eventos com público em pé estão proibidos.

Vacina

Enquanto o número de casos continua a aumentar, a única maneira de pensar em retomada completa das atividades econômicas é a aprovação e aplicação em massa de uma vacina.

Mas, disputas políticas podem atrasar os planos de quem vê na imunização coletiva a única saída para um crescimento sustentado da economia.

O Ministério da Saúde informou que a vacinação contra a Covid deve começar apenas em março do ano que vem e o processo de imunização se estenderia até dezembro, por conta da necessidade de conseguir doses para toda população.

O governador João Doria respondeu ao anúncio dizendo que se o Governo Federal se mantiver nesse cronograma, que a população paulista será vacinada já a partir de janeiro de 2021. E que espera não encontrar resistências na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovar a vacina que vem sendo testada em São Paulo, a Coronavac, que deverá ser produzida pelo Instituto Butantã.

Essa semana, o Estado de São Paulo recebeu 600 litros a granel da vacina Coronavac (foto), correspondente a um milhão de doses. Com esta remessa já são 1 milhão e 120 mil doses enviadas pela farmacêutica chinesa Sinovac ao estado de São Paulo.

Ao todo serão 46 milhões de doses, sendo 6 milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção, envase e rotulagem em fábrica própria do Instituto Butantan.

“Estamos cumprindo mais uma etapa fundamental para disponibilizar a vacina em tempo recorde aos brasileiros. A tecnologia e expertise do Butantan já nos permitem realizar parte do processo produtivo em nossa própria fábrica, e estamos trabalhando para muito em breve podermos produzir integralmente a vacina, mediante processo de transferência de tecnologia por parte da Sinovac”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

O lote ainda passará por testes que vão aferir e validar a qualidade do produto e também do processo produtivo.

As demais remessas chegarão no decorrer das próximas semanas. Já a disponibilização para a população ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação e registro por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O imunizante se encontra na fase final de testes clínicos em humanos no Brasil e deverá ter os resultados de eficácia anunciados na primeira quinzena de dezembro. No momento estão sendo analisados 74 voluntários que se infectaram com o coronavírus. O número ultrapassou o mínimo necessário, de 61 casos, para a abertura dos estudos e análise. Os dados extraídos desta análise serão enviados pelo Comitê Internacional Independente para a avaliação e aprovação da Anvisa.

Coordenado pelo Instituto Butantan, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Segurança e eficácia

No último dia 19 de outubro o Governo de São Paulo e o Butantan anunciaram que a Coronavac é a mais segura entre as vacinas que estão em etapa final de estudos clínicos no Brasil.

Do total de voluntários que receberam vacina ou placebo, apenas 35% apresentaram algum tipo de reação adversa, mas todas elas classificadas como leves, como febrícula ou dor no local da aplicação. Nenhuma reação adversa grave foi registrada.

Já em novembro a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da Coronavac na fases I e II, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.
O Governador João Doria acompanhou nesta quinta-feira (03) a chegada de 600 litros a granel da vacina Coronavac, correspondente a um milhão de doses. Com esta remessa já são 1 milhão 120 mil doses enviadas pela farmacêutica chinesa Sinovac ao estado de São Paulo.

“Ao lado do Jean Gorinchteyn, Secretário da Saúde do Estado de São Paulo e do Dimas Covas, Presidente do Instituto Butantan, viemos receber aqui mais um lote da vacina Coronavac, a vacina do Butantan, a vacina que vai salvar vidas de milhões de brasileiros”, disse o Governador.

Esta é a segunda remessa a chegar no país, sendo a primeira de 120 mil doses prontas recebida no dia 19 de novembro. Ao todo serão 46 milhões de doses, sendo 6 milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção, envase e rotulagem em fábrica própria do Instituto Butantan.

O embarque dos insumos aconteceu na quarta-feira (2) em Pequim, em um voo comercial da Swiss Air Lines que fez escala em Zurique, na Suíça, antes do desembarque no Brasil, na manhã desta quinta-feira, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A vacina a granel foi acondicionada em três bags de 200 litros cada, colocados em um equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. A matéria-prima será envasada pelo Butantan em frascos multidoses, conforme a configuração utilizada nas campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O processo de envase desta primeira remessa de insumos deve levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, cerca de 40 colaboradores do Butantan. A produção será ininterrupta.

“Estamos cumprindo mais uma etapa fundamental para disponibilizar a vacina em tempo recorde aos brasileiros. A tecnologia e expertise do Butantan já nos permitem realizar parte do processo produtivo em nossa própria fábrica, e estamos trabalhando para muito em breve podermos produzir integralmente a vacina, mediante processo de transferência de tecnologia por parte da Sinovac”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas.

O lote ainda passará por testes que vão aferir e validar a qualidade do produto e também do processo produtivo.
As demais remessas chegarão no decorrer das próximas semanas. Já a disponibilização para a população ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação e registro por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O imunizante se encontra na fase final de testes clínicos em humanos no Brasil e deverá ter os resultados de eficácia anunciados na primeira quinzena de dezembro. No momento estão sendo analisados 74 voluntários que se infectaram com o coronavírus. O número ultrapassou o mínimo necessário, de 61 casos, para a abertura dos estudos e análise. Os dados extraídos desta análise serão enviados pelo Comitê Internacional Independente para a avaliação e aprovação da Anvisa.

Coordenado pelo Instituto Butantan, os testes envolvem 13 mil profissionais de saúde em 16 centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

 

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