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Plástico polui, destrói e contamina águas

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O Dia Mundial da Água é celebrado em 20 de março. Dados e notícias recentes indicam que há muito trabalho a fazer no que se refere à preservação desse recurso que é essencial à vida no planeta.
Rios e oceanos poluídos, especialmente pelo excesso de plástico, indicam que a preservação da água tem estreita relação com a forma com que o ser humano cuida dos resíduos que gera. A maior parte do lixo encontrado nas praias e rios brasileiros é composto por plástico.

Monitoramento feito pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo nas praias brasileiras indicou que a quase totalidade dos resíduos encontrados em praias brasileiras é de plásticos.
E vale lembrar que esse plástico mata peixes e outros animais marinhos, não só no Brasil, mas no mundo todo. Essa semana, foi encontrada uma baleia morta com 40 quilos de plástico em seu estômago, nas Filipinas.

A ONU Meio Ambiente no Brasil, responsável pela campanha Mares Limpos, informa que entre 60 e 90% do lixo encontrado nos mares é composto por vários tipos de plásticos, em diferentes tamanhos e estágios de degradação. São pequenos pedaços ou até imensas redes de pesca. Boa parte do lixo chega aos mares trazidas pelos rios de água doce, outra parcela é descartada nas praias e nos próprios oceanos, como em barcos pesqueiros, cargueiros e navios de cruzeiro.

Nas praias brasileiras, bitucas de cigarro, canudos, tampinhas, garrafas e sacolas plásticas de supermercado, sacos plásticos em geral, estão entre os itens mais retirados das praias brasileiras. Pedaços de isopor, copos, pratos e talheres de plástico também estão na lista.

Nesse dia 22 de março, Dia Mundial da Água, a cidade de Santos vai receber o lançamento do Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar

Estudo divulgado em fevereiro pela ONG WWF aponta que o Brasil é o quarto país do mundo a produzir e consumir mais plásticos, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia. Os números ainda revelam que o volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas. A previsão é de que mais de 104 milhões de toneladas de plástico vão poluir os ecossistemas até 2030 se nenhuma mudança significativa ocorrer no comportamento da população.

Vale destacar que mesmo nos rios, o descarte irregular desse material prejudica a vida. A poluição do plástico ainda afeta a qualidade do ar, do solo e sistemas de fornecimento de água. Os impactos diretos estão relacionados a não regulamentação global do tratamento de resíduos de plástico, à ingestão de micro e nanoplásticos (invisíveis aos olhos) e à contaminação do solo com resíduos.

A queima ou incineração do plástico pode liberar na atmosfera gases tóxicos, alógenos e dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre, extremamente prejudiciais à saúde humana. O descarte ao ar livre também polui aquíferos, corpos d’água e reservatórios, provocando aumento de problemas respiratórios, doenças cardíacas e danos ao sistema nervoso de pessoas expostas.

Como ajudar

O que os moradores da maior metrópole do país – e também maior consumidora e geradora de resíduos – podem fazer?
Em São Paulo, não há lixões, apenas aterros sanitários, o que já é bastante positivo. Mas, a adesão da população a programas como o de coleta seletiva ainda precisa aumentar muito.
Estima-se que apenas 7% do lixo produzido na capital é encaminhado para a reciclagem. Existe ampla estrutura, entretanto, para que a reciclagem aumente.

A coleta seletiva atende os 96 distritos da capital. Nas zonas sul e leste da cidade, o serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental, que tem caminhões especiais para essa coleta. Em alguns bairros, a seletiva passa até duas vezes por semana. Para saber quando a coleta seletiva estará em sua rua, basta acessar https://ecourbis.com.br/coleta/index.html. Depois, basta colocar todo o material reciclado (além dos plásticos, papel limpo, metal, vidro) em uma única embalagens, bem acondicionado, uma hora antes do previsto para a coleta.

O material é posteriormente separado em Centrais Mecanizadas de Triagem e manualmente, por cooperativas formadas por famílias que sobrevivem graças à renda obtida com a venda de recicláveis.
Se todos encaminharem corretamente o plástico para reciclagem, estarão ao mesmo tempo contribuindo para a não poluição das águas com plásticos e microplásticos.

Outra ação urgente é reduzir o uso dos plásticos, evitando a compra de produtos feitos com esse material ou embalados com ele e reaproveitando aquele que inevitavelmente chega à sua casa. Descartáveis e o chamado plástico de uso único também devem ser sempre evitados: canudos, mexedores de café, saquinhos…
A Onu Meio Ambiente também vem incentivando a população mundial a recusar esses descartáveis, solicitando a substituição por itens de uso contínuo, como copos de vidro e guardanapos de pano.

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