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Urbanismo

Prefeitura quer programa habitacional em favela incendiada

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Não foi a primeira vez e, provavel e infelizmente, não será a última em que a chamada Favela do Piolho, localizada às margens da Avenida Roberto Marinho, enfrenta um incêndio. O fogo se espalhou rapidamente na noite do último domingo, 7, Mais de 500 casas foram destruídas e centenas de famílias ficaram desabrigadas. A Prefeitura ofereceu auxílio aluguel ou abrigo temporário, além de kits com colchões e materiais de higiene para enfrentar as primeiras horas.
Algumas famílias perderam tudo pela terceira vez e muitas já estavam providenciando a reconstrução de seus barracos. O prefeito Fernando Haddad promete, entretanto, estudar uma nova saída para o caso: quer desapropriar o terreno onde está a favela para construir novos conjuntos habitacionais no local.
Segundo Haddad, a ideia é inserir o terreno dentro da Operação Urbana Água Espraiada, que será executada ao longo do eixo da Avenida Roberto Marinho e córrego Água Espraiada. Para as comunidades ribeirinhas ao Córrego, já há previsão de remoção das famílias e inserção em programas habitacionais, desde a lei original. Pouco depois de assumir a Prefeitura, Haddad já havia anunciado que privilegiará o andamento dos conjuntos habitacionais para atendimento às famílias que vivem em favelas da região e a construção de Parque Linear ao longo do Córrego, em vez de avançar com a obra viária que resultaria em um túnel ligando a Avenida Roberto Marinho à Rodovia dos Imigrantes.
“Nós já estamos desapropriando quase 200 imóveis na região da Água Espraiada para acomodar 8.000 famílias. Ontem tomamos uma nova decisão: também pretendemos desapropriar aquele terreno onde houve o incêndio para construir 500 unidades habitacionais ali e oferecer para as famílias que foram afetadas pelo incêndio e bolsa aluguel até que a obra fique pronta”, afirmou o prefeito.
De acordo com Haddad, não se previa antes a desapropriação do terreno justamente por ele estar ocupado. Em função da Operação Urbana Água Espraiada, as famílias serão realocadas na própria região, em unidades também financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
As famílias que serão contempladas pelo empreendimento receberão o auxílio aluguel até que as unidades habitacionais sejam entregues. Segundo Haddad, a construção deve demorar de 18 a 24 meses a partir do início das obras. “Nós vamos reacomodar as famílias não mais na favela, mas em unidades habitacionais com toda dignidade”, disse o prefeito, ressaltando que na própria região foram entregues habitações de interesse social de muito boa qualidade.

 

Proposta é inserir terreno nas desapropriações da Operação Urbana Água Espraiada e construir ali 500 unidades

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