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História

Unifesp pode estabelecer parceria com Cruz Vermelha para estudo de ossadas

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Continuam avançando as propostas de trabalho relacionadas às análises das ossadas encontradas em vala clandestina no Cemitério de Perus, em 1990. O estudo será feito pela Unifesp, em imóvel alugado na Vila Mariana com esta finalidade.
O bairro também abrigará o primeiro Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) do Brasil. Inicialmente, o grupo trabalhará na análise e identificação das 1049 ossadas, mas expandirá para outros casos gradativamente.
O centro tem corpo intelectual de 10 pessoas, entre estudiosos, docentes da Unifesp e membros da Comissão da Verdade Marcos Lindenberg (CVML). Vai desenvolver estudos, pesquisas, protocolos científicos voltados à identificação de vítimas de repressão institucional do passado e do presente, além de colaborar com organismos de direitos humanos.
Em outubro, a reitora da Unifesp, Soraya Soubhi Smaili, esteve reunida com os representantes da delegação regional do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para discutir a possibilidade de parceria entre ambas instituições para o fortalecimento da área de antropologia forense no país.
Essa parceria é considerada de extrema importância, dado que, no início de setembro, um acordo de cooperação firmado entre Unifesp, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo criou o Grupo de Trabalho do Caso Perus.
Antes da reunião, ocorrida na sede da Reitoria, a delegação do CICV, formada por Chiara Traverso, coordenadora da Proteção, Cleber Kemper, assessor da Proteção, e Olga Lucía Barragán Amaya, assessora Regional Forense, visitaram o laboratório da Unifesp, onde estão sendo feitas as análises das ossadas.
Uma das ações formalizada no encontro foi o convite à Unifesp de enviar o Professor Rimarc Gomes Ferreira, do Departamento de Patologia, ao X Congresso Latino-americano de Antropologia Forense, que aconteceu no Chile.
A delegação regional da CICV atua na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai desde 1970 e tem como missão humanitária atender às necessidades das vítimas de violência social, agrária e urbana, além de colaborar com instituições públicas no aprimoramento forense na identificação de restos mortais de desparecidos políticos e apoio integral às famílias.

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