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Tecnologia trouxe dilemas ecológicos

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Sustentabilidade pressupõe, antes de tudo, consciência. Consumir é preciso, além de oferecer conforto e praticidade na vida moderna, em diversas ocasiões. O erro está em investir excessivamente em supérfluos ou, pior ainda, objetos que não vão sair das gavetas, serão usados em poucas oportunidades ou que não podem ser reciclados e corretamente descartados, minimizando prejuízos ao meio ambiente.

Os aterros sanitários – não só em São Paulo, mas em todo o país, em todo o planeta – têm vida útil limitada, requerem investimentos elevados tanto em sua implantação quanto na manutenção. Por isso, é bom usar com inteligência.

A tecnologia faz parte da vida moderna e isso é bom. Mas precisamos refletir sobre cada escolha feita no dia-a-dia. E sobre a real necessidade de descartar cada resíduo que vai para o lixo doméstico comum ou cada material reciclável que é destinado à coleta seletiva e posterior reciclagem.

O ideal é sempre reduzir a quantidade de resíduos gerados. Depois, acondicioná-los corretamente e disponibilizar na data certa. A Ecourbis Ambiental é a concessionária responsável pela coleta domiciliar tradicional e seletiva nas zonas sul e leste da capital. No site ecourbis.com.br/ecoleta.aspx é possível saber dias da semana e horário em que é prestado cada um desses serviços.Para a reflexão sobre consumo, há alguns dilemas modernos que são mais complexos do que podem parecer…

Guardanapos de papel ou pano?

O que é melhor: usar guardanapos descartáveis ou recorrer ao bom, bonito e eficiente guardanapo de pano?

Ambos usam água, energia e corantes na fabricação. Nenhum dos dois é reciclável: o papel por ter sujeira e material não adequado, o pano por já estar muito deteriorado no momento do descarte. Além disso, a maioria das fibras de tecido não é reciclável, pode apenas ser “transformado” em outros artigos.

Parece claro que o guardanapo de papel, assim como qualquer outro item descartável (copos, talheres, pratos…) é mais prejudicial ao meio ambiente: gera mais lixo, consome mais matéria prima (celulose, no caso do papel; petróleo, no caso dos demais descartáveis de plástico), água e energia a cada lote de produto, sem falar no espaço ocupado em aterros.

O guardanapo de pano, embora requeira lavagem, em geral vai na mesma leva com outras roupas e não repressenta mais água para ser lavado.

O mesmo vale para os outros descartáveis, que devem ser substituídos por copos, talheres e outros itens feitos de vidros ou outros materiais mais resistentes:. Estimativas ainda apontam que para cada folha de papel A4 consome 10 l de água para ser feita. Uma camiseta tradicional de algodão precisa de 2 mil litros. Só que o guardanapo de pano vai durar anos, enquanto que o papel vai diretamente para o lixo doméstico após uso único.

CDs e DVDs ou arquivos online?

A tecnologia vem auxiliando na redução de volumes: computadores cada vez menores, celulares com capacidade de armazenamento e processamento que se igualam a antigos computadores pessoais!
Mas, agora, a tecnologia que substituiu antigos discos de vinil por cd’s, e as fitas de videocassete por dvds está substituindo os discos de leitura digital por serviços de exibição direta e compartilhamento ou venda de arquivos digitais.

Assim, não faz mais sentido comprar discos físicos nem para ouvir músicas nem para ver filmes. Há vários serviços de aluguel, compartilhamento e venda de títulos que não ocupam espaço e nem precisam de outros aparelhos – videocassetes, aparelhos de som, dvd players… Agora, aparelhos de tv, celular e computadores exibem os filmes e tocam músicas diretamente da internet.

Mas, é importante lembrar: todos esses aparelhos, tvs e celulares incluídos, representam lixo eletrônico, que promete ser um dos grandes desafios da humanidade nos próximos anos. Comprar produtos de qualidade, não trocar com frequência e cuidar do descarte devem ser preocupações de todos.

A Prefeitura de São Paulo conta agora com um serviço de descarte correto. Na Zona Sul de São Paulo, há pontos de coleta nos parques Ibirapuera, Lina e Paulo Raia, Aclimação e Cordeiro.

Livros digitais ou em papel?

O dilema é parecido com a escolha entre arquivos online de música e filmes, mas um pouco mais complexo.

No caso dos livros, o papel tem impacto ambiental, na medida em que sua produção requer a derrubada de árvores. No entanto, os livros digitais – assim como qualquer outra publicação online – requerem uso de dispositivos eletrônicos, sejam eles tablets, computadores, celulares ou leitores de “e-books”, ou seja, aqueles aparelhos feitos especificamente para a leitura de livros, revistas e similares.

Todos esses dispositivos eletrônicos representam artigos que vão ficar obsoletos ou quebrar em pouco tempo. Por isso, a ONG Green Press Initiative fez comparações para saber o que é mais prejudicial ao meio ambiente. E a resposta é: “depende”.

Depende, inicialmente, da quantidade de livros que a pessoa vai ler por ano. Se for menos de 30 livros, ou seja, média de 2,5 livros por mês, vale a pena continuar a investir em livros de papel, que vão consumir menos água, energia e recursos naturais para serem produzidos. Se for algo superior a 60 livros (ou cinco por mês), só aí vale a pena investir na leitura online.

Algumas ponderações, entretanto: se o tablet já é usado para outros fins, então pode ser interesante investir nos livros online e evitar os impressos. Se o livro em papel será compartilhado com outras pessoas – emprestado, doado, revendido – aí vale a pena continuar investindo no papel.

Dilemas

De qualquer forma, os dilemas ambientais nos ensinam que é preciso estar sempre refletindo sobre nossas escolhas e, principalmente, atentos a todo e qualquer descarte, garantindo reuso, reciclagem ou destinação correta a resíduos de todos os tipos.

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