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Problemas na região

Soluções para o Jabaquara?

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Um turbilhão passou pela Prefeitura nas últimas semanas. Depois de críticas aos serviços de zeladoria urbana, o prefeito João Doria fez mudanças no secretariado e passou a exigir ainda mais dos prefeitos regionais.

As mudanças, entretanto, parecem não ter assustado os prefeitos regionais locais, Fátima Marques, do Jabaquara, e Benedito Mascarenhas (veja também matéria à página 5), da Vila Mariana.

Fátima Marques esteve na sede do jornal São Paulo Zona Sul para falar deste primeiro ano como uma das únicas mulheres a comandar uma das 32 Prefeituras Regionais na cidade.

Fátima diz que o prefeito João Doria recebeu a cidade com uma dívida de 7 bilhões, mas que com a busca por parcerias e com o empenho de gestão da equipe os resultados têm sido bons.

Os pedidos de tapa-buracos foram zerados, ações de limpeza e zeladoria são concentradas por microrregiões do Jabaquara, por meio dos projetos Coopera (que reúne diferentes secretarias atuando em cada “pedaço” do Jabaquara) e Bairro Lindo, de manutenção e zeladoria, propriamente ditos.

Em parceria com a Ilume, por exemplo, ela conta que várias praças da região estão ganhando nova e mais forte iluminação, ampliando a segurança da população. “Começamos com as praças que têm equipamentos de lazer e prática de atividades, como quadras e pistas de skate. Mas será ampliado para as demais”.

Por falar em segurança, Fátima sabe que a comunidade local tem centrado fogo em queixas sobre a população de rua que ocupa praças, áreas verdes, baixos de viadutos e coberturas de pontos de ônibus junto às estações de metrô. Como psicóloga de formação, a prefeita Regional acredita que há solução para o problema e que ele passa pela qualificação dessa população. “É preciso entender que a pessoa, especialmente os drogadictos, encontra liberdade na rua. Por isso não aceita ir para abrigos”. Entretanto, acredita que uma política de acolhimento por parte da Prefeitura pode criar expectativas diferenciadas e reduzir o problema, em médio prazo.

Calçadas

O Jabaquara tem bairros íngremes, especialmente na região periférica, em que as casas surgiram antes do asfalto ou mesmo dos passeios públicos. “As pessoas depois construíram suas garagens, adaptaram a entrada para receber carros, criando degraus e irregularidades”, avalia. Essa situação consolidada é de difícil solução, mas Fátima aposta que há outros caminhos para melhorar a acessibilidade no bairro.

Recentemente, Fátima se encontrou com o vereador Police Neto, autor do Estatuto do Pedestre, e também com o Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato.

“Vamos focar nas calçadas em torno de equipamentos públicos”, diz ela. Outra proposta que a prefeita vem debatendo com diferentes atores – empresas, representantes de secretarias municipais e estaduais e com os próprios moradores – é a facilitação de acesso ao Centro Paralímpico Brasileiro e São Paulo Expo Center. Ela acredita que pode ser instituída uma linha de transporte público para os dois espaços, atualmente de difícil acesso especialmente para pessoas com deficiência, mesmo com a proximidade da estação Jabaquara do metrô.

Outra preocupação da Prefeita é com a limpeza urbana. Para conscientizar a população sobre a importância do descarte de lixo de forma correta, em embalagens adequadas e no horário determinado, ela tem estabelecido parcerias com igrejas. “Padres e pastores vão conversar com os fiéis, pedindo mais cuidado no descarte de resíduos ou entulho”, conta. Fátima também conversou, durante a visita à redação, sobre a importância de manter um contato constante com a população do bairro. Ela, que tem ido às reuniões do Conselho Comunitário de Segurança com a equipe toda de assessores, quer manter um canal aberto de comunicação com a população.

Por isso, a partir ainda deste mês de novembro, o jornal São Paulo Zona Sul vai implantar uma coluna para que os leitores possam falar com a prefeita e fazer demandas, críticas, sugestões, debater soluções para o bairro.

“Os problemas existem e estamos aqui para solucionar. E é importante saber, por diferentes meios, quais as expectativas da comunidade local”, concluiu Fátima.

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