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Urbanismo

Sabesp troca tubulação na região da Saúde

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De cada quatro litros que saem dos Reservatórios da Sabesp pelas tubulações subterrâneas paulistanas, para atingir casas e estabelecimentos comerciais, estima-se que apenas três efetivamente cheguem às caixas d’água e torneiras do consumidor. Um litro se perde pelo caminho, por conta de tubulações muito antigas e estrutura deterioriada.

Para minimizar o problema, evitando a perde de um bem tão precioso quanto a água, a Sabesp tem feito obras por toda a cidade. Até novembro, será a vez da região de Mirandópolis e Vila Clementino, especialmente em algumas vias como a Rua Luis Gois, Avenida Professor Abrão de Morais, Rua Ibituruna e Avenida José Maria Whitaker.

A empresa distribuiu panfletos para moradores dessas áreas alertando para as interdições viárias temporárias e trabalho das equipes nas vias.

A empresa explica que fará a troca das redes de água e dos ramais na região. Se necessário, a companhia também realizará a troca dos tubos de entrada dos cavaletes.

A empresa ainda explica que o prazo de novembro, informado nos panfletos distribuídos, é referente à conclusão de todo o trabalho.

Outra preocupação dos moradores dessas áreas é com a recomposição do asfalto e calçadas, que muitas vezes são feitos de forma que gera queixas dos ocupantes de imóveis próximos ou motoristas que trafegam pela área. A Sabesp, entretanto, garante que “os locais em que a Companhia fizer abertura de vala ou intervenções serão recompostos na mesma condição original”.

Troca da rede

Até o final de 2018 estão previstas as licitações de 47 grandes obras de substituição de redes antigas, com um investimento total de R$ 919,7 milhões. O pacote inclui a substituição de 685 km de tubulações com tecnologia de ponta. Haverá também a instalação de 280 km de novas redes e diversas outras ações, como 386 macromedidores de volume, 229 válvulas redutoras de pressão (VRPs) e 11 boosters (estações de bombeamento), além da adequação de setores de abastecimento – que pode gerar a construção de um reservatório ou a transferência do abastecimento de parte do bairro para outro setor.

Os investimentos são financiados pela Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão), país que é referência mundial em redução de perdas e que trabalha com a Sabesp desde 2007 no intercâmbio de conhecimento e tecnologia. A companhia realiza anualmente a substituição de redes antigas, mas o empréstimo japonês vai acelerar o ritmo das ações com o objetivo de reduzir o índice de perdas de água.

Tecnologia de ponta

Um dos métodos usados pela Sabesp na troca de tubulações é uma tecnologia de ponta chamada pipe bursting, uma espécie de “moedor de tubo”. A empresa abre dois buracos na rua, com uma distância razoável entre eles, que pode ser de 100 metros, por exemplo. Uma broca é inserida em um dos buracos e vai passando por dentro do tubo antigo, que nessas áreas é de ferro fundido.

A broca “tritura” o tubo de ferro e, logo atrás dela, vai puxando o cano novo, de PEAD (um superplástico). A broca é retirada no buraco seguinte e a rede de PEAD já fica instalada. Isso reduz custos e evita a abertura de toda a extensão da rua, o que geraria impacto muito maior na vizinhança.

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