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Meio ambiente

Reduzir lixo que vai para aterro é desafio em São Paulo

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Estimular a população a separar materiais recicláveis e participar da coleta seletiva é importante. Mas é fundamental, paralelamente, fazer com que haja uma redução drástica na quantidade de lixo gerada diariamente na cidade, por meio de campanhas de conscientização e políticas públicas.

A opinião é comum aos secretários municipais Bruno Covas, das Prefeituras Regionais, e Gilberto Natalini, do Verde e Meio Ambiente. Ambos falaram ao São Paulo Zona Sul sobre o desafio de gerenciar a destinação final de resíduos sólidos em uma capital como São Paulo.

Covas, que também ocupa o cargo de vice-prefeito da cidade, garante que o mandato já está trabalhando e muito mais vai acontecer nos próximos 3,5 anos de mandato. Ele diz que houve uma importante conquista recente, com a implantação do controle eletrônico das caçambas que recolhem entulho. Com a implantação do novo sistema, que monitora o trajeto do entulho recolhido em obras, é possível ter certeza que as empresas estão garantindo a destinação final correta ao material. “Entre 15 de abril e 15 d emaio, foram despejadas 35 mil toneladas de entulho nos aterros regulares. Esse número saltou para mais de 600 mil toneladas no período seguinte, de 15 de maio a 15 de junho”, conta o secretário das Prefeituras Regionais, explicando que o aumento se deve à fiscalização. “Antes esse entulho era gerado mas ia para outros lugares – a rua provavelmente. A cidade tem mais de 4 mil pontos viciados de entulho.

Covas diz ainda que a Prefeitura vai ampliar o número de ecopontos existentes na cidade, que atualmente já totalizam 98 unidades espalhadas por diferentes Prefeituras Regionais. “Outros 45 devem ser criados na cidade”, promete. Nos ecopontos, a população não apenas pode deixar entulho, de forma legal, como também materiais recicláveis, “bagulhos” (móveis velhos, colchões, aparelhos fora de funcionamento etc).

Logística Reversa

Outra preocupação da atual gestão, garante o vice Covas, é ampliar o conceito de logística reversa a cidade. A Logística Reversa garante que o fabricante e o comerciante também se responsabilizem pela quantidade de rejeitos gerada, especialmente de itens recicláveis.

Em geral, essa discussão ocorre em nível nacional, mas Covas garante que é possível desenvolver metas na cidade. “Dá para fazer discussões setorizadas”, diz, contando que quando foi titular da Secretaria de Meio Ambiente do Estado já desenvolver diversos acordos.  “Em São Paulo, pretendo desenvolver conversas com os setores de pneus, pilhas, embalagens, lâmpadas, medicamentos e no setor têxtil”, diz.

O secretário do Verde e Meio Ambiente, Gilberto Natalini, é da mesma opinião. Conta que há alguns projetos pilotos em andamento ou prestes a serem implantados na cidade. Na Zona Leste, por exemplo, em parceria com uma cooperativa e com a indústria do setor, será implantado um projeto para reaproveitamento do óleo de cozinha. No Butantâ, outra iniciativa pretende reciclar entulho.

“As ações de conscientização ambiental serão interscretariais nessa gestão”, diz Natalini, ponderando que apesar de a coleta e reciclagem de lixo serem de competência da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana, ligada à Secretaria das Prefeituras Regionais, a Secretaria do Verde participará com ações e programas paralelos.

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