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Reaproveitamento contribui com a natureza

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Acondicionar corretamente o lixo doméstico, separar recicláveis e evitar a produção excessiva de resíduos vão além da preservação de recursos naturais.
Em especial na época das chuvas, qualquer tampinha de garrafa abandonada no quintal pode se tornar um criadouro do mosquito transmissor da dengue e outras doenças, o Aedes aegypti.
Dengue
Em casas com quintais, jardins e varandas, é preciso prestar atenção às maneiras de armazenar os resíduos – recicláveis ou não. A lixeira dom[estica onde serão depositados os rejeitos até a coleta deve ficar em ambiente coberto. Se ficar em área exposta à chuva, é preciso lavá-la com frequência.
Para os objetos recicláveis, deve-se tomar o mesmo cuidado. Garrafas, potes, latas, embalagens plásticas, de vidro ou metal em geral podem acumular água.
“Eu gosto de entregar as garrafas long neck de vidro, consumidas aqui em casa para uma estação de recicláveis existente em um supermercado próximo. Como fica dias em nossa área de serviço, mantenho todas com a boca para baixo”, diz Adilciara Gouvea, moradora da Saúde.
Ela mora em um pequeno condomínio e, embora a área de serviços seja em sua maior parte coberta, tem sempre a preocupação de manter os recicláveis bem cobertos. A moradora ainda diz que o pequeno espaço disponível no prédio não é desculpa nem para deixar de separar recicláveis e nem para qualquer descuido com o acondicionamento dos materiais.
“Aqui a coleta seletiva é feita duas vezes por semana, mas também contribuímos com algumas cooperativas diretamente, como no caso das garrafas e outros vidros”, diz.
Vale também destacar que é possível levar recicláveis a 1500 PEV’s – os Pontos de Entrega Voluntária – espalhados pela cidade. Para saber os endereços, ligue 156 ou acesse prefeitura.sp.gov.br.
Permacultura
Apaixonada pela temática do meio ambiente, Adilciara e o marido levam e trazem os conceitos de preservação, redução de resíduos e respeito à natureza ao sítio que têm em município próximo à capital. “Não sei dizer se foi a atuação em meio urbano que nos ensinou a cuidar melhor do sítio ou o contrário. Mas o fato é que passamos a nos aproximar da permacultura”, conta.
Permacultura é um conceito que surgiu ainda na década de 1970, a partir da ideia de “agricultura permanente”. Aos poucos, foi se expandindo e representa, basicamente, a convivência harmônica entre o ser humano e a natureza, com agressões mínimas e busca por ações cujo impacto permita recuperação em curto espaço de tempo.
Evitar a geração de resíduos, portanto, é atitude básica nesse estilo de vida. Também evita-se o uso e desperdício de água, enquanto se faz a captação da chuva. Cultivam-se os próprios alimentos, sem uso de agrotóxicos ou defensivos, enquanto busca-se o aproveitamento integral dos alimentos, com zero desperdício.
Essa visão ampla parece complexa, mas na verdade aproxima as pessoas de uma vida mais simples e saudável.
O casal também aprendeu a valorizar a reutilização de objetos, antes mesmo de pensar em reciclagem.
“Latas que uso em casa, como de molho de tomate ou leite em pó, se transformam vasinhos para plantas do sítio ou até mesmo para o apartamento, onde mantenho uma mini horta na varanda”, conta a leitora. “A reciclagem é mesmo muito importante, mas preferimos primeiro evitar o consumo e gerar qualquer lixo. Depois, buscamos reaproveitar os itens inevitáveis , como potes de vidro ou latas. E só em caso de impossibilidade de reaproveitamento é que encaminhamos à coleta seletiva.
Ela permanece sempre atenta, porém, para evitar o acúmulo de água nos pratos sob os vasos.
A moradora mantém muitos desses objetos também em sua área de serviço, armazenados adequadamente, até levá-los para o sítio. “Precisamos estar sempre atentos, porque a saúde de todos na cidade depende desses cuidados”.
Adilciara ainda elogia vizinhança. “Por aqui, todos cuidam da limpeza de seus quintais e no meu pequeno condomínio também os moradores são zelosos”, diz.
Coleta seletiva
Ela lamenta, entretanto, que a adesão à coleta seletiva ainda não seja total. “Percebo que muitos moradores de ruas próximas não separam os recicláveis. É tão simples! E no dia da coleta regular, vejo que muitas garrafas pet, embalagens longa vida e papel de escritório acabam no lixo comum. É uma pena, um desperdício”, avalia.
A moradora tem razão. A coleta seletiva já atinge todo o município de São Paulo, seja pelas cooperativas ou pelas concessionárias – em algumas subprefeituras, a coleta é realizada por ambas.
Nas Zonas Sul e Leste da capital, o serviço é prestado pela concessionária Ecourbis Ambiental. Para saber a data e o horário em que o caminhão faz, tanto a coleta regular quanto a seletiva, basta acessar http://www3.prefeitura.sp.gov.br/limpeza_urbana/FormsPublic/LimpezaRua.aspx.
Participar do programa é muito simples, efetivamente. O morador não precisa separar o material por tipo – papel, plástico, metais e vidros podem ser acondicionados em uma única embalagem. Use um saco firme e feche bem para evitar que os itens se espalhem. E coloque na rua uma hora antes do previsto para a coleta.
Todo o material será triado em centrais mecanizadas ou por cooperativas. Em ambos os casos, o material reciclável se transforma em renda para milhares de catadores e suas famílias.

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