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Prefeita Regional acredita em força da mulher

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Ela já atuou junto a vítimas de violência doméstica. Graduada em psicologia com especialização em psicodiagnóstico e psicoterapia breve, Maria de Fátima Marques não segue apenas o clichê de uma mulher sensível e com empatia para compreender as carências do outro, como podem fazer supor tanto o fato de ser psicóloga como por ser do sexo feminino.

Fátima, como prefere ser chamada, também já ocupou diversos cargos públicos porque, como ela mesma define, o que mais a atrai e trabalhar coletivamente, com conceitos da psicologia servindo de norte para ações de abrangência social. Já foi chefe do departamento de inspeção de São Paulo da EMTU, trabalhou na Secretaria Municipal de Participação e Parceria, entre outros cargos.

Agora, desde o início da gestão de João Doria à frente da Prefeitura paulistana, Fátima Marques é uma das três únicas mulheres a encarar, de forma pioneira, o cargo de “Prefeita Regional”, no Jabaquara. “Como o prefeito João Doria costuma dizer, não há subcidadãos. Então, não faz sentido ter uma subprefeitura”, comenta.

Dois meses depois de assumir o cargo, ela já consegue ter uma noção dos principais desafios e, durante toda a entrevista ao jornal SP Zona Sul, evita queixas. Concorda que mulheres sabem mediar conflitos e conta que, coincidência ou não, a maioria de sua equipe de coordenadores é formada por mulheres.

Aposta na parceria com a iniciativa privada local, no bom relacionamento com as Prefeituras Regionais vizinhas, com as concessionárias de serviços públicos. Cidade Linda? “Todo dia é dia de Cidade Linda, estamos sempre fazendo serviços de zeladoria”, afirma, ressaltando que em algumas ocasiões há ações especiais.

No último sábado, por exemplo, ela esteve à frente do mutirão que recuperou o Parque do Nabuco, no limite do Jabaquara com Cidade Ademar, envolvendo tanto prestadores de serviços municipais como voluntários, empresas e funcionários.

E por falar em divisas, ela  acredita que desenvolver ações nas regiões limítrofes entre as Prefeituras Regionais não será problema. “Este é o ponto positivo de se estar em uma gestão com equipe coesa. Tenho um ótimo relacionamento com os Prefeitos Regionais de Vila Mariana, Ipiranga…”, enumera.

Ao mesmo tempo, reconhece que é delicada a situação de alguns pontos que abrigam usuários de crack nestas áreas – tanto na Av. enida Professor Abraão de Moraes quanto na Avenida dos Bandeirantes, há intensa concentração desta população que, reconhece, precisa de um programa diferenciado de atenção. Albergues nos moldes tradicionais já não são mais suficientes. “A ideia é tentar trazer este cidadão de volta à vida social, reinserir com ofertas de trabalho”, diz.

O mesmo vale para outras pessoas em situação de rua, que hoje se espalham por todo o Jabaquara. “Em épocas de crise, aumenta consideravelmente o númer de pessoas nas ruas. E é importante lembrar também que a rua é onde a pessoa mais se sente livre, não há cobranças”, analisa.

Fomentar a economia de forma regionalizada também está nos planos da Prefeita, que acredita ser esta uma das formas mais eficazes de investir na descentralização da gestão. “Já estamos estabelecendo um bom diálogo  com comerciantes e empresários locais e tenho certeza de que dá para estabelecer bons projetos e parcerias, de resultado”, diz, otimista.

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