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História

Por que o bonde desapareceu da cidade? Livro explica

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Até 1968, a cidade de São Paulo ainda contava com o transporte sobre trilhos em superfície. O bonde, que até hoje resiste e tem importância crucial para a mobilidade urbana em cidades importantes no mundo todo, deixou de circular…

Hoje, a cidade vive uma crise de mobilidade que não é mais tema restrito a especialistas no assunto, mas também integra as rodas de conversa de todo paulistano que sofre com congestionamentos, trens de metrô lotados, ônibus insuficientes …

Todos estes temas são abordados pelo livro “Tudo é Passageiro – Expansão urbana , Transporte Público e o Extermínio dos Bondes em São Paulo”, escrito pelo arquiteto e urbanista Ayrton Camargo e Silva.

Ayrton, que já foi secretário executivo da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) e hoje é diretor presidente da diretor-presidente da Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ), é também bastante conhecido de moradores da região.

Ele já foi liderança atuante na Vila Mariana, bairro onde nasceu e viveu por muitos anos, e presidente da Associação Pró-Parque Modernista, que impediu a demolição e garantiu a preservação da primeira casa em estilo Modernista do país, localizada na Rua Santa Cruz.

O livro aborda o processo de implantação e evolução da rede de bondes da cidade de São Paulo, em paralelo ao seu processo de evolução urbana.

A análise inicia-se apresentando o processo de urbanização da cidade iniciado no século XIX, no período em que antecede a chegada da Light a São Paulo, em 1900.

Mostra que a inauguração do sistema de bondes trouxe uma nova forma de exploração dos serviços públicos, expondo diversas contradições na relação entre o concessionário dos serviços de viação e energia e o poder público, detentor das concessões.

A crise de abastecimento de energia ocorrida em meados da década de 20 e mudanças no política advindas com a Revolução de 30 atrapalharam os planos da Light de expansão da rede de bondes. Por outro lado, a prefeitura chega ás mãos de Prestes Maia, um dos maiores críticos do plano de reformulação da rede de transporte da cidade e um dos autores do Plano de Avenidas.

Desestimulada, a Light anuncia entrega á municipalidade o acervo do sistema de bondes.A crise é instaurada, e a prefeitura cria uma comissão para definir soluções. Sob o atento acompanhamento de Prestes Maia, a comissão define as bases do transporte público do município.A concessão caberá a uma empresa pública monopolista, os bondes serão paulatinamente desativados.

Após a gestão de Adhemar de Barros na prefeitura de São Paulo, Prestes Maia o sucede e retoma a desativação do sistema de bondes.Que terá de seu sucessor, Faria Lima, a pá de cal, com banda de música e foguetórios.

O livro pode ser adquirido diretamente no site da editora: http://www.annablume.com.br/loja/product_info.php?products_id=2051&osCsid=ih6nkjj8p3h

 

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