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Pais de alunos da EMIA temem mudanças

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As aulas deveriam ter sido retomadas dia 6 de fevereiro. Mas, os pais que foram até a Escola Municipal de Iniciação Artística para iniciar o ano letivo 2017, foram surpreendidos porque não havia sequer previsão de retomada. Com o corte  orçamentário na Secretaria de Cultura, que chegou a 43% do total, a direção alegava que os professores ainda não haviam sido recontratados.

Depois de uma reportagem da TV Globo no local, a Secretaria informou que haveria reunião com a direção da EMIA naquela tarde. Mas, o que viria a seguir só ampliaria a polêmica: a diretora Andrea Fraga foi exonerada e em seu lugar assumiu Luciana Schwinder.

Muitos pais encararam a mudança como retaliação pelo protesto contra a não contratação de professores e  um suposto corte no orçamento da escola, em 30%, que vinha sendo ventilado.

A comunidade, envolvendo alunos e ex-alunos, marcou um protesto para o domingo passado, dia 12, na Avenida Paulista. Ao longo da semana, atividades foram desenvolidas pelo próprio grupo na sede da EMIA, que fica dentro do Parque Lina e Paulo Raia, junto à estação Conceição do Metrô.

Pelas redes sociais, externaram seus motivos. “Nossa querida diretora Andrea Fraga, que havia sido eleita entre os professores há 3 anos, foi destituída do cargo e sa nova diretora, que não é do nosso corpo docente. Além disso, há rumores de que se pretende cortar em 30% o número de professores da nossa escola.”

Embora não esteja definida em lei, a escolha de diretores da EMIA acontece por eleição envolvendo os próprios professores da casa, que atualmente giram em torno de 43.

Também pelas redes sociais, a nova diretora se manifestou. Luciana chwinder conta que atua há 30 anos com teatro, 18 deles no Teatro da Vertigem, e desenvolve atividades pedagógicas há 18. Só na Secretaria Municipal de Cultura já está há 13 anos, inclusive ocupando cargo de diretora da Divisão de Formação e Artística (a qual a EMIA é subordinada).

Em sua apresentação, ela conta que “estará disponível para  responder a cada pai, a cada mãe, a cada aluno e professores, amigos da Escola e quem quer que seja para esclarecer sobre o futuro da Escola”.

Efetivamente, ao longo da semana já houve inclusive reunião com os pais, em que Andrea foi questionada sobre suas propostas. Os pais deixaram claro que não se tratava de questionar a competência de Luciana para o cargo, mas sim da forma com que foi feita a mudança.  “Aceitei o convite do Secretário e com muita honra vou defender a EMIA e continuidadede de seus projetos de excelência artística e pedagógica. Eu terei muito trabalho para fazer”, escreveu.

Ela buscou tranquilizar os pais afirmando que não é real a informação de que 30% dos professores serão demitidos e diz que as aulas vão começar no dia 6 de março. Na terça, houve confirmação que os contratos com professores já foram efetuados, para 2017.

“Me comprometo em fazer o melhor pela EMIA, quem me conhece de perto sabe que não há lugar no mundo que eu respeite mais do que uma sala de aula. Em uma escola de artes então… Por favor, me perguntem diretamente. Estou aberta ao diálogo e me dedicarei com respeito, afeto e muito trabalho!! “, convidou.

A EMIA existe há mais de 32 anos e é considerada referência em aulas de arte e cultura de maneira pública e gratuita na cidade de São Paulo. A disputa de vagas é historicamente grande, por conta de sua fama. Promove uma aprendizagem baseada na integração com as linguagens de Música, Dança, Teatro e Artes Visuais.

Fica dentro do Parque Lina e Paulo Raia, na rua Volkswagen, s/n – estação Conceição do Metrô. As vagas são alvo de sorteio, normalmente realizado em outubro ou novembro.

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