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Urbanismo

Movimento em Congonhas deve saltar para 25 milhões de passageiros por ano

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O jornal Folha de S.Paulo publicou essa semana reportagem indicando que o Governo Federal pretende voltar a ampliar o número de vôos e movimentação de passageiros no Aeroporto de Congonhas. De acordo com a apuração feita pelo jornal e confirmada pelo secretário nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, o número de voos pousando ou decolando deve aumentar de 34 para 39 a cada hora.

O jornal diz ainda ue a medida “atenderia a pressões de companhias aéreas, ajudaria a estatal Infraero a contornar dificuldades financeiras e responderia a um crescimento na movimentação de passageiros no futuro”.

O número de pousos e decolagens por hora era ainda maior até 2007, chegando a 48. Naquele ano, entretanto, ocorreu a maior tragédia da história da aviação brasileira, quando um Airbus da Tam (atual Latam) atravessou a pista da Avenida Washington Luiz e se colidiu com um prédio, provocando a morte de 199 pessoas.

Várias discussões se sucederam sobre a segurança do Aeroporto, incrustrado no meio da maior metrópole do país, e houve determinação para redução do número de pousos e decolagens por hora.

Entretanto, naquela época, o número total de passageiros que passava por Congonhas anualmente era estimado em menos de 14 milhões de pessoas, o que o tornava o mais movimentado do país em número de pessoas. Já no ano seguinte ao acidente, esse número voltou a subir e atingiu 18 milhões.

Atualmente, já são 20 milhões de passageiros por ano e, com a proposta do aumento do número de voos pousando e decolando a expectativa é de que esse total passe para 25 milhões de pessoas.

Entorno

O acidente de 2007 foi o de maior proporção no país, mas a preocupação com a segurança dos passageiros e dos moradores de bairros vizinhos é antiga – sem falar em transtornos como o barulho e a poluição causados pelo aeroporto, além do trânsito congestionado.

Em outubro de 1996, a queda de um Fokker 100, também da empresa TAM, caiu na região do Jabaquara pouco após decolar, matando seus 96 ocupantes além de três pessoas em solo.

O avião havia passado muito próximo de uma escola lotada de crianças e caiu sobre a rua. As asas e o combustível, entretanto, atingiram várias casas.

Na época, já houve debates sobre a necessidade de ampliar as pistas o reduzir a movimentação de Congonhas.

A tragédia de 2007 resgatou esse debate. O prefeito da época, Gilberto Kassab, chegou a anunciar um projeto que desapropriaria amplos trechos de bairros ao redor da cabeceira, como Jardim Aeoporto e Parque Jabaquara, e que custaria 400 milhões para ficar pronto em dois anos.

A ideia – assim como o debate sobre a segurança – se perderam em pouco tempo.

Outras obras

De lá para cá, Congonhas vem passando por várias reformas, mas a maioria delas de caráter comercial. O Aeroporto deve ser concedido à iniciativa privada.

Em outubro apssado a Infraero publicou o edital de concessão de um edifício-garagem do Aeroporto.

A licitação prevê exploração comercial com o prazo de 20 anos a partir de fevereiro de 2019 e além da exploração da atividade de estacionamento, a empresa vencedora da licitação ainda poderá desenvolver atividades complementares, como serviço de valet park, serviço VIP, lavagens de veículo a seco, criação de estacionamento de longa permanência, além de diversos serviços automotivos.

A empresa vencedora também terá o direito de explorar comercialmente o espaço da Praça Comandante Linneu Gomes, em frente ao aeroporto.

Os antigos angares da VASP também devem ser concedidos para transformados em uma mega loja, shopping ou hipermercado.

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