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Transporte

Metrô para Santo Amaro: só em 2018

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Mais três anos, pelo menos. O novo prazo estipulado pelo Governo do Estado para a conclusão das obras da Linha 5 – Lilás, do metrô, assim como da Linha 17 – Ouro, preveem que só em 2018 as obras estarão concluídas e o metrô operando completamente nestes trechos.
Quando as obras de expansão da Linha 5, que ligará Vila Mariana à Santo Amaro, começaram, em 2008, a Companhia do Metropolitano e a Secretaria de Transportes Metropolitanos chegaram a anunciar que os trens estariam circulando em dois anos! A previsão era de que o túnel estaria completamente aberto e concluído entre as estações Largo 13 e Santa Cruz, até 2010. Na época, o metrô anunciava que as obras deveriam estar completas até 2012.
Já o monotrilho – metrô que circulará pela superfície – entre o Jabaquara e a estação Morumbi, deveria estar pronto até a Copa do Mundo no Brasil, mas agora também teve nova previsão divulgada. Inicialmente, o metrô havia divulgado que construiria um ramal entre a estação São Judas e o Aeroporto de Congonhas que ficaria pronto também em 2010. O projeto foi simplesmente abandonado e passou-se a anunciar a ligação entre o Aeroporto e a linha Amarela, na estação Morumbi, para 2014.
Novos e sucessivos atrasos foram representando anúncios de datas futuras. Até que, esta semana, o governador Geraldo Alckmin, em visita às obras na futura estação AACD-Servidor, na Rua Pedro de Toledo (Vila Clementino) anunciou que as onze estações só estarão completamente prontas em 2018. O governador anunciou que no primeiro semestre de 2017 serão entregues três estações e depois mais seis no segundo semestre de 2017 e uma em 2018, que será a de Campo Belo.
“Aqui [Linha 5-Lilás] são dez estações que nós vamos entregar. Mais de 10km de Metrô. Chegando até Chácara Klabin, interliga com a Linha 2, e também até Santa Cruz, interliga com a Linha 1, a Norte-Sul. Uma expectativa de 780 mil passageiros/dia, é a chamada Linha da Saúde, pois atende o Hospital do Servidor, a AACD, o Hospital São Paulo, o Hospital Edmundo Vasconcelos, muitas clínicas e muitos hospitais”, disse o governador Geraldo Alckmin na chegada do Tatuzão.

 

 

Estação AACD Servidor atenderá 22 mil pessoas por dia

Ao visitar as obras de expansão da Linha 5 – Liás, esta semana, o governador Geraldo Alcmin anunciou que está sendo feito um investimento de de R$ 8,9 bilhões no trecho, incluindo a compra de 26 novos trens, com geração de 5.500 empregos diretos.
O Tatuzão chegou agora à futura estação AACD-Servidor da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Desde o início da operação da tuneladora Shield, que partiu do Poço Bandeirantes em setembro de 2013, mais de 2.400 metros de túneis já foram construídos. E foi nesta segunda, 30, que a roda de corte da máquina com 10,5 metros de diâmetro rompeu a parede de concreto, a última barreira que separa o túnel do corpo da nova estação.
Desde que foi retomada a linha que atualmente serve apenas do Capão Redondo ao Largo 13, só a estação Adolfo Pinheiro já foi entregue, no ano passado.
Há ainda outras dez estações a serem construídas e entregues: Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin, somando mais 10 km ao trecho.
A partir de agora, o Tatuzão passará por um período de manutenção, necessário segundo o govenro. Em seguida, será arrastado sobre a laje de fundo para ser posicionado no extremo oposto da estação e iniciar a próxima etapa de escavação, com destino à estação Hospital São Paulo. Esse Shield é uma das três máquinas empregadas na construção do prolongamento da Linha 5-Lilás. Ao mesmo tempo em que perfura o solo, ela também instala o revestimento estrutural do túnel, com anéis de concreto e fibras de aço.
Ao todo, a máquina percorrerá uma distância de 5,7 km, construindo 4,8 km de túneis entre os poços Bandeirantes (entre as estações Campo Belo e Eucaliptos) e Dionísio da Costa (após a estação Chácara Klabin), instalando 3.241 anéis. Nesse trecho ficarão as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin. Em todo o percurso escavado até o momento, 1.613 anéis já foram instalados.
O governo exalta o fato de ser a primeira vez na história do Metrô em que três tuneladoras trabalham simultaneamente em uma mesma linha. Os outros dois Tatuzões têm roda de corte menor (6,3 metros de diâmetro) e estão simultaneamente em túneis da Linha 5-Lilás, entre as estações Adolfo Pinheiro (já funcionando) e Campo Belo. Cada uma das máquinas constrói túneis paralelos que servirão como vias únicas para cada sentido da linha. Atualmente, ambas estão sob o eixo da Av. Santo Amaro, próximo a Av. Roque Petroni Júnior.
Até o momento, foram escavados 2,3 km e instalados 1.527 anéis pela tuneladora que faz a via 2, enquanto que na via 1 foram escavados 2 km e instalados 1.364 anéis.
A máquina que chega à futura estação AACD-Servidor pesa 1,5 mil tonelada e conta com vários compartimentos ao longo da sua extensão: câmara de compressão; motores hidráulicos; parafuso sem fim (que faz a retirada do material escavado); esteira para o transporte do solo; eretor (equipamento que faz a montagem dos anéis de concreto) e o backup. O backup contém cabine de comando, painéis de controle, transformador de energia, tanque hidráulico, sanitários, refeitório, além de trailers para o movimento de materiais.
Para a operação do Shield, são necessárias 180 pessoas, sendo 50 profissionais em cada turno, além de 30 operários de apoio. Com a produção diária (24 horas), o equipamento gera 154 metros cúbicos de terra por hora. A remoção desse material é feita pelo poço Bandeirantes e exige um caminhão basculante a cada 4 minutos. “São Paulo terá cinco Shields, os dois chegam em novembro”, finalizou Alckmin.
AACD Servidor
Quando estiver pronta, estima-se que a AACD-Servidor vai beneficiar cerca de 22 mil pessoas diariamente. A estação ficará na rua Pedro de Toledo, entre as avenidas Ibirapuera e Professor Ascendino Reis, terá 25 metros de profundidade, 24.343 metros quadrados e será composta por dois acessos, duas plataformas laterais, 12 escadas rolantes, seis elevadores, além de um estacionamento com dois pavimentos.
Seu método construtivo é por VCA (Vala a Céu Aberto) e atualmente, está em execução a construção das estruturas internas da estação e do acesso secundário, com o revestimento definitivo das paredes da vala principal e da vala do acesso secundário.

 

Projeto da estação AACD Servidor da Linha 5 – Lilás, na Vila Clementino

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