Siga-nos

Meio ambiente

Ibirapuera não vai ter cobrança de ingresso, garante Prefeitura

Publicado

em

A Prefeitura pretende fazer concessão à iniciativa privada de parques, praças e planetários da cidade. No total, são 14 parques, entre eles o mais visitado da cidade – o Ibirapuera – e também o da Aclimação. Enquanto vereadores debatem a transferência da operação dos parques para a iniciativa privada, uma velha corrente voltou a circular na internet. Segundo a “notícia”, o “Paulistano pagará R$ 7.50 para entrar no Parque do Ibirapuera” (veja imagem ao lado).

Amplamente compartilhada em redes sociais, a “reportagem” publicada por um tal “Diário de Barrelas” é, na verdade, uma corrente antiga, que já viralizou durante a gestão passada, de Fernando Haddad, e voltou a circular agora.  Na verdade, o Diário de Barrelas, como anunciado no próprio site, “é uma obra de ficção destinada a leitores adultos”. Barrelas, que no portal é uma “cidade do interior paulista”, sequer existe. “Barrela”, de acordo com o dicionário, é palavra usada figurativamente para designar “limpeza da reputação maculada”.

A “notícia” traz até uma suposta imagem da entrada do parque com catracas (veja ao lado), além de uma informação que já deveria demonstrar aos internautas que se trata de uma piada: “Animais não-felinos de pequeno porte entrarão de graça”.Captura de tela 2017-09-14 22.47.37

Mas, será que há um fundo de verdade na corrente que está circulando na internet? A Prefeitura garante que não.

Os critérios para os interessados nas concessões incluem a garantia de entrada gratuita para os usuários e a desoneração da prefeitura em relação ao custeio e a novos investimentos. Por outro lado, as concessionárias poderão cobrar estacionamento, ter ganhos com restaurantes e lanchonetes, aluguel de bicicleta, entre outros.

Vereadores debatem concessão em audiências

Esta semana, o tema voltou a ser debatido na Câmara Municipal. “Acho importante que algumas coisas fiquem bem claras: a entrada dos parques jamais será cobrada. Os concessionários devem assumir as despesas, cuidar das áreas verdes e fazer investimentos. Além disso, vamos garantir a permanência dos permissionários legalizados”, assegurou o secretário municipal de Desestatização e Parcerias, Wilson Poit, referindo-se aos vendedores que já trabalham dentro dos parques.

Na Audiência Pública, o advogado dos permissionários do Parque Ibirapuera, Guilherme Corona Rodrigues Lima,disse que os compromissos assumidos até agora têm agradado os comerciantes que trabalham nos parques, mas a categoria só vai ficar satisfeita quando tudo for colocado no papel.

“Eles desejam que seja acrescido no Projeto de Lei um artigo expresso com as garantias necessárias para a manutenção dos contratos com a administração municipal, nos moldes atuais. Hoje eles pagam à Prefeitura para utilizar esses espaços. E nada impede que eles continuem pagando esse mesmo valor à empresa concessionária”, afirmou.

O vereador Paulo Frange (PTB) também destacou a necessidade de que os pontos mais importantes da concessão fiquem bem claros no texto substitutivo.

“Além da questão dos permissionários e a gratuidade de entrada nos parques, por exemplo, tem de estar escrita na Lei. Outro ponto é a qualificação mínima do gestor do parque. O administrador precisa ter formação adequada e ligação com a área ambiental. É importantíssimo que cada um desses itens fique bem claro”.

O PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) está na fase final de busca dos estudos para 14 parques estimados com maior potencial e foi tido como um sucesso, com 26 consórcios interessados. Ao final, 21 foram habilitados.

A Prefeitura deve manter o plano de incluir no edital um modelo de exploração conjunta de parques potencialmente rentáveis junto com os considerados deficitários, para ampliar o leque de concessões.

Outras preocupações têm sido levantadas. A pedagoga Mônica Pilz Borba, especialista em educação ambiental, manifestou preocupação com a forma de gestão dos espaços. Ela teme que os planetários se tornem meros equipamentos de exploração turística, perdendo assim a sua função pedagógica e social.

Veja outras audiências públicas agendadas na Câmara Municipal.

Advertisement
1 Comentário

1 Comentário

  1. Thalia

    7 de agosto de 2020 at 19:27

    Paga mesmo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.


© 2024 Jornal São Paulo Zona Sul - Todos os Direitos Reservados