Saúde
Hospital São Paulo reduz atendimento
A crise chegou de forma impactante ao Hospital São Paulo. Com o aumento da demanda – muitos pacientes deixaram planos de saúde e agora recorrem ao SUS – e também por conta da inflação e aumentos de gastos no hospital, a Unifesp – que é responsável pelo hospital universitário – está conseguindo manter o atendimento de forma universal. Esta semana, o HSP suspendeu internações eletivas e passará atender somente casos de urgências e emergências. O pronto-socorro também está com funcionamento parcial, somente para casos urgentes. O PS recebia uma média de 1.500 pessoas por dia.
Segundo a Unifesp, nos últimos dois anos o número de atendimentos mais do que dobrou: foi de 700 diários, em 2014, para 1,5 mil atualmente. O déficit anual é estimado em R$ 35 milhões.
Na segunda, 3, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, recebeu os diretores do Hospital São Paulo para entender quais as dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição atualmente e avaliar formas de garantir a continuidade dos serviços prestados. E
O Ministério da Saúde prometeu analisar soluções conjuntas com as secretarias de saúde do estado e da capital.
Segundo dados do Ministério, o governo federal responde por cerca de 90% da receita do Hospital São Paulo. Segundo informações da própria unidade, a receita anual é mais de R$ 568 milhões, incluindo folha de pagamento. Além dos repasses para custeio do atendimento hospitalar e o recursos do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, o Ministério da Saúde destina acréscimo de R$ 53,9 milhões por ano à instituição por meio de incentivos.
Os repasses do Ministério da Saúde para o Estado de São Paulo têm sido feitos regularmente. A pasta destina anualmente R$ 8,6 bilhões em recursos por meio do Teto de Média e Alta Complexidade (MAC) para serviços de urgências e emergências, incluindo cirurgias eletivas. Além deste valor, em 2016, o Estado recebeu um acréscimo de R$ 246 milhões.
As verbas do Ministério da Saúde, conforme prevê a legislação do SUS, são destinadas aos fundos estaduais e/ou municipais, responsáveis por repassar às instituições.