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Meio ambiente

Energia: novos apagões podem ocorrer até fevereiro de 2012

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Vários bairros da região ficaram sem energia na tarde da terça-feira, 8, por quatro diferentes períodos. Segundo a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, às 15h11, foi detectado um problema na Subestação Bandeirantes, localizada no encontro da Avenida dos Bandeirantes com Marginal Pinheiros. Um dos três transformadores apresentou falha, o que levou ao desligamento dos outros dois. Embora a companhia tenha alegado que dez minutos depois os dois transformadores foram postos em operação para o restabelecimento de energia, as interrupções voltaram a ocorrer ao longo do dia.

Procurada pelo jornal São Paulo Zona Sul, a Eletropaulo disse que não divulgou nota sobre o assunto porque realmente não tinha qualquer responsabilidade pelo ocorrido. O governador Geraldo Alckmin, entretanto, determinou que as empresas de distribuição de energia se expliquem com relação às frequentes interrupções no fornecimento de energia no estado. Até o Procon entrou na história. Representantes da Eletropaulo e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) estiveram reunidos a portas fechadas com diretores do Procon, esta semana, e foram notificados a prestar esclarecimentos sobre a queda de energia desta semana e também sobre mais 15 ocorrências semelhantes registradas pelo Procon desde novembro do ano passado. “O problema [do dia 8] foi realmente na transmissão. Houve superaquecimento num dos transformadores, que acabou sendo desligado e os outros dois acabaram não suportando a carga”, disse o assessor-chefe do Procon-SP, Carlos Coscarelli. Segundo ele, os representantes das duas empresas disseram que o Sistema Bandeirante – que cobre toda a região onde foi registrado o apagão de ontem – está trabalhando próximo do limite. Uma nova subestação será inaugurada, mas apenas daqui um ano.

No ano passado, foram registradas mais de 600 ocorrências de queda de energia em São Paulo e isso levou a Eletropaulo a ser multada. Para o Procon, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também ser cobrada a respeito desses apagões, já que cabe a ela a fiscalização dos serviços. “A Aneel deve intervir nessa questão e fiscalizar, o que é o papel dela”, disse o diretor de fiscalização do Procon-SP, Renan Ferraciolli. A Aneel informou que já foi iniciado um processo de fiscalização das empresas, “que corre sob sigilo”.

O consumidor que se sentir prejudicado deve procurar os canais de atendimento da Eletropaulo, em até 90 dias corridos, para fazer a sua queixa. A concessionária tem prazo de 15 dias para analisar o pedido e mais 20 dias para indenizá-lo.

A AES Eletropaulo informou, em nota, que recebeu do PROCON pedido de informações a respeito de ocorrências dos meses de dezembro e janeiro, que considera “pontuais”. A concessionária diz que fornecerá as informações até o prazo estipulado.

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