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Meio ambiente

É possível “zerar” o lixo que vai para aterros?

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Alemanha está próxima desta meta, com geração de energia, reciclagem e compostagem

Há uma diferenciação importante entre gerar resíduos sólidos em meios urbanos e garantir sua destinação final de maneira ambientalmente adequada. As duas discussões são importantes e podem garantir um futuro mais limpo, com recursos naturais suficientes para a população e até com mais energia.

A Alemanha é um bom exemplo desse debate. O país é líder mundial em tecnologias e políticas de resíduos sólidos  e possui os melhores índices em reaproveitamento dos resíduos.

Até o final desta décaada, o país pretende zerar a quantidade de lixo enviada para aterros sanitários, que hoje já é praticamente zero. Lá, o lixo doméstico ou vai para reciclagem, ou para compostagem (reaproveitamento do material orgânico, transformado em adubo) ou gera energia em usinas.

Entretanto, isto não significa que o país tenha alcançado um patamar ideal na questão dos resíduos. A produção de lixo por habitante, no país, é superior a dois quilos por dia por habitante – também uma das taxas mais altas do mundo. E isto pode significar extração excessiva de recursos naturais e uso intenso de água e energia na produção dos itens consumidos.

No Brasil, a discussão ainda tem um longo caminho pela frente. Muitas cidades do país sequer conseguiram acabar com os chamados “lixões”, que são imensas áreas de despejo de resíduos a céu aberto.

Em São Paulo, este problema já foi sanado e todo o resíduo doméstico é corretamente tratado em aterros que contam com tecnologia adequada. Para atender as zonas Sul e Leste da cidade, por exemplo, o aterro sanitário CTL – Central de Tratamento de Resíduos Leste, construído e operado pela EcoUrbis Ambiental, ocupa área de cerca de 1 milhão de metros quadrados. Mais da metade dela é destinada à proteção ambiental, revegetação de áreas internas remanescentes, estação de queima centralizada de biogás, balanças e unidades de apoio operacional. Nos 400 mil metros quadrados destinados a aterramento do lixo, são depositadas diariamente sete mil toneadas de lixo – mais da metade do produzido pela capital.

Recentemente após obra para junção com o Aterro Sanitário São João, que foi encerrado em 2009, o aterro teve sua capacidade ampliada para 26,8 milhões de toneladas, o que significa uma vida útil de pelo menos mais 10 anos.

Mas, vale destacar que a produção de lixo diária pelo brasileiro só tem feito aumentar na última década e que boa parte do que ainda vai para aterros poderia ter outro destino como a reciclagem ou a compostagem.

Além disso, se conseguir reduzir a quantidade de lixo que gera diaramente, evitando desperdício e reaproveitando itens orgânicos ou recicláveis, a cidade ainda terá aumento da vida útil de seu aterro, com consequentes ganhos ambientais e econômicos.

Em casa, o cidadão pode contribuir separando adequadamente o material reciclável e encaminhando para a coleta seletiva e reduzindo a quantidade de lixo gerada diariamente em casa, com medidas que também vão contribuir para a economia doméstica.

De qualquer forma, fique atento ao horário e data em que passam tanto o caminhão da coleta tradicional quanto o da coleta seletiva.

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