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Meio ambiente

Copa pode ser exemplo em sustentabilidade

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Fifa promete adotar as mesmas exigências, como certificação ambiental das arenas, em edições futuras do evento em outros países

Coleta seletiva de embalagens e outros artigos gerados nos 64 jogos da Copa, promoção de alimentação orgânica, uso de biocombustível gerado a partir do óleo de cozinha, compensação ambiental das emissões diretas de gases de efeito estufa, arenas e estádios certificados ambientalmente, lançamento de coleção de roupas e acessórios feitas de forma sustentável por artesãos especializados. A Copa do Mundo Fifa 2014 pretende ser exemplo em ações sustentáveis.
Uma das medidas adotadas previamente foi a venda de créditos de carbono, para compensar as emissões de gases que provocam o efeito estufa. Na semana passada, representantes do governo e do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) informaram que o Brasil já superou em 50% a compensação, já que as emissões diretas estão estimadas em 60 mil toneladas e o país já vendeu o equivalente a 115 mil toneladas em créditos de carbono.
“A Copa do Mundo já vai começar totalmente compensada, do ponto de vista das emissões diretas”, destacou a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
O Governo Federal elaborou um inventário que projeta que 1,4 milhão de toneladas de carbono sejam lançados na atmosfera de forma direta (hospedagem, voos nacionais, obras, operações, deslocamentos previstos de turistas e profissionais) e indireta (voos internacionais e roteiros de turistas além do trajeto entre aeroporto, arena e hotel).
O Ministério do Meio Ambiente lançou, em abril de 2014, a Iniciativa Baixo Carbono na Copa, que conta com uma chamada pública às empresas brasileiras para doarem créditos de carbono para a compensação das emissões geradas pela realização do Mundial. Até o final do ano, as companhias que aderirem à ação receberão o Selo Baixo Carbono fornecido pelo MMA. Até agora, quatro companhias aderiram à chamada.
As compensações nas reformas das arenas foram entre 25% e 30% do que seria emitido caso não fossem adotadas medidas sustentáveis.
Pela primeira vez na história, uma Copa do Mundo terá todas as arenas certificadas ambientalmente. Este foi um requisito para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberasse financiamento para as obras. A exigência, inclusive, será adotada pela FIFA para as próximas edições do Mundial.
Os 12 estádios preencheram os requisitos para conseguir o selo verde e dois deles receberam a certificação LEED: o Castelão, em Fortaleza, e a Fonte Nova, em Salvador. Outros seis palcos devem receber o selo antes do Mundial – Arena da Amazônia, Estádio Nacional Mané Garrincha, Mineirão, Arena da Baixada, Maracanã e Arena Pernambuco. Os demais estão com o processo em tramitação e devem receber a certificação até o fim do ano.

 

Arenas sustentáveis
Todos os 12 estádios conseguiram selo verde

 

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