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Meio ambiente

Coleta seletiva será ampliada na cidade

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Plano Municipal de Resíduos Sólidos foi apresentado na semana passada e propõe formas de redução dos rejeitos nos próximos 20 anos

Foi lançado no final de março o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da cidade de São Paulo. O documento, com 456 páginas, estabelece diretrizes para as políticas públicas pelos próximos 20 anos. Entre outras medidas, o plano prevê a construção de duas primeiras centrais de triagem de recicláveis mecanizadas, o que tornará o município pioneiro no Brasil e na América Latina. As duas unidades – uma delas em Santo Amaro – serão inauguradas ainda este ano vão garantir a ampliação da coleta seletiva na cidade: a expectativa é de superar, já em 2014, a capacidade de triagem e encaminhamento de materiais recicláveis, chegando a 6%. Cada central tem capacidade de triar 2,5% de todo resíduo sólido produzido na cidade diariamente.
O principal objetivo, de longo prazo, do PGIRS é a redução dos rejeitos ao máximo. Dessa forma, o destino dos materiais que não recebem destinação de reutilização ou de reciclagem deverá ser repensado. Assim, estão previstas ações de compostagem, educação ambiental e de logística reversa. A Prefeitura pretende comercializar créditos de reciclagem para empresas privadas, como já ocorre com os créditos de carbono, entre outras ações de Logística Reversa.
Ao mesmo tempo em que pretende expandir a coleta seletiva para toda a cidade, a Prefeitura tem o objetivo de valorizar as cooperativas de reciclagem e os catadores que nelas trabalham. A ideia é remunerar os serviços a um valor fixo de referência. Atualmente, as cooperativas têm os custos dos galpões onde estão sediadas quitados, e o transporte dos recicláveis por caminhões das concessionárias que coletam lixo doméstico em São Paulo. Mas, a proposta é que as cooperativas serão remuneradas pelo trabalho ambiental prestado e terão a possibilidade de vender a produção para um fundo privado a um preço garantido. Há 22 cooperativas e associações de catadores já cadastradas na cidade, mas a intenção é ampliar esse universo.
Uma linha de crédito no valor de R$ 40 milhões foi aprovada no ano passado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) usada para melhorar a estrutura das centrais de triagem já existentes, com modernização e equipagem das onze centrais instaladas em galpões próprios e outras onze em imóveis alugados.
O plano é resultado de um extenso processo participativo, que culminou na 4ª Conferência Municipal do Meio Ambiente, promovida no ano passado. A Secretaria de Serviços, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), e a Secretaria de Meio Ambiente, coordenaram a iniciativa que contou com especialistas, mas também com ONGs, catadores, empresários e moradores.

 

Reciclagem ampliada
São Paulo será a primeira cidade do Brasil e da América Latina a contar com centrais mecanizadas para triagem de material reciclável

 

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