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Cultura

Cinemateca celebra sexta 13 e tem Mostra de Andrea Tonacci

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A Cinemateca Brasileira está com dois bons programas para os próximos dias.
Um deles mescla diversão, cultura e arte, como o bom cinema pede. Nesta sexta-feira 13, serão promovidas três sessões simultâneas de filmes de horror em suas salas. Sempre em cópias em película, as sessões começam as 22h e com entrada franca.
José Mojica Marins, maior expoente do cinema de terror nacional – e que comemora 79 anos justamente nesta sexta-feira 13 – terá seu clássico O estranho mundo de Zé do Caixão, de 1968, exibido na Sala Petrobrás. Em cópia da Fundação Japão, Escola mal-assombrada, de Hideyuki Hirayama, é a atração da Sala BNDES. Por fim, em cópia do acervo da Cinemateca Brasileira, Halloween 5 – A vingança de Michael Myers, de Dominique Othenin-Girard, será exibido ao ar livre em nossa tela externa.
Por isso, leve suas almofadas, cadeiras dobráveis, cadeira de praia, canga, cobertor, esteira…
Andrea Tonacci
Já na próxima quinta, 19, terá início a mostra Andrea Tonacci, que só poderá ser conferida até dia 22. A obra de Andrea Tonacci é um dos grandes momentos da cultura brasileira. Nascido na Itália em 1944, Tonacci radicou-se no Brasil e fez sua estreia como cineasta com Olho por olho, um curta-metragem escrito, dirigido e fotografado por ele, e realizado à mesma época – com mesma equipe e câmera – que Documentário, de Rogério Sganzerla, e O pedestre, de Otoniel Santos Pereira.
Em seguida, em meio à censura e a ditadura militar, realiza Blablabla, um poderoso filme político. Com Bang-bang, um dos marcos do cinema de invenção brasileiro, Tonacci realiza uma de suas obras-primas. Um dos pioneiros da linguagem do vídeo no Brasil, registrou shows históricos em São Paulo, como o de Miles Davis no Teatro Municipal, na década de 1970. Nesta mesma década, sua obra se aproxima cada vez mais do cinema documental. Em 1975 dirige Jouez encore, payez encore (Interprete mais, ganhe mais), filmado em VT de meia polegada, preto e branco, e posteriormente ampliado para película em 16mm, durante a excursão internacional da encenação teatral da obra de Calderon de La Barca, ‘Os autos sacramentais’, produzida por Ruth Escobar e dirigida por Vitor Garcia em 1974. Em seguida, iniciou suas pesquisas com as culturas indígenas, em filmes como Guaranis do Espírito Santo (1979), Os Arara (1980) e Conversas no Maranhão.
Realizado entre os anos de 1977 e 1983, Conversas no Maranhão nasceu do contato do diretor e fotógrafo Andrea Tonacci com os índios Canela Apãniekra nos anos 1970. O filme é um importante manifesto dos Canela Apãniekra ao governo brasileiro, no momento da demarcação de suas terras pela Funai e será exibido em cópia digital.
Depois de um longo período de gestação, em 2006 é apresentada a obra-prima Serras da desordem. Aqui, Tonacci retoma sua experiência com grupos indígenas. Misturando registro documental e ficção, Serras da desordem trata do dramático embate entre natureza e civilização e é um dos mais importantes filmes deste século. O filme será apresentado ao ar livre, no espaço externo da Cinemateca.
Programação: – Quinta, 19; 18h00 – OLHO POR OLHO; BLABLABLA; 19h00 – BANG-BANG; – Sexta, 20; 18h30 CONVERSAS NO MARANHÃO; 21h00 – JÁ VISTO JAMAIS VISTOS; – Sábado, 21; 17h OLHO POR OLHO e BLABLABLA; 18h00 BANG-BANG; – Domingo 22; 16h30 CONVERSAS NO MARANHÃO; 19h00 JÁ VISTO JAMAIS VISTOS; 20h00 SERRAS DA DESORDEM (Área externa). Entrada Franca.
A Cinemateca fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207 – próximo ao Metrô Vila Mariana. Fone: 3512-6111. Site: www.cinemateca.gov.br.

 

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