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Cinemateca: 70 anos

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A Cinemateca Brasileira não é só um dos espaços mais descolados e interessantes de se conhecer na Vila Mariana. É um patrimônio histórico, é um endereço para se adquirir cultura, é um espaço para valorizar.
Neste 2016, completa 70 anos! Surgiu na década de 1940, inspirada na Cinemathèque Française, e hoje já reúne o maior acervo audiovisual da América Latina.
Esse material rico já esteve espalhado em imóveis antigos, como em um galpão dentro do Parque do Ibirapuera e em uma das casas que existem dentro do Parque Lina e Paulo Raia, ao lado da estação Conceição, e que hoje abriga a Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA).
Ná década de 1990, a Cinemateca finalmente passou a ocupar um imóvel com a mesma importância de sua própria história: o antigo Matadouro Municipal, construído no final do século XIX e que serviu para o abate de animais que abasteciam a população paulistana até 1914. Depois, o imóvel ficou abandonado por décadas, chegou a servir de armazém para cabos e fiações elétricas, até que foi finalmente restaurado e ganhou a imponência histórica merecida.
Além de exibir filmes, a Cinemateca permite acesso controlado ao seu acervo, oferece biblioteca e mais: tem ação educativa.
Há visitas monitorada sem que são apresentados os principais setores técnicos dedicados à conservação de filmes e documentos, que integram o patrimônio sob a guarda da Cinemateca. A visita educativa é gratuita e acontece uma vez por mês, mediante agendamento prévio com um mês de antecedência. Há limite de 20 pessoas por visita.
Ainda na ação educativa, muitos desconhecem que a Cinemateca oferece cursos e oficinas técnicas. O objetivo é capacitar de profissionais atuantes em arquivos de filmes, bem como cursos de formação cultural sobre a história do cinema brasileiro.
Vale ainda destacar que neste ano de 2016, a Biblioteca da Cinemateca recebeu e incorporou ao seu acervo 2204 itens doados. Entre eles, destaque para a doação de uma coleção do crítico e roteirista Rubens Ewald Filho. Ele entregou à Cinemateca mais de 2500 itesn: 2356 fascículos de periódicos, 211 livros, 2 convites de eventos e 2 claquetes de filmagem). Jornalista de formação, Rubens é crítico de cinema de importantes veículos de comunicação do país, entre eles Rede Globo, TNT, TV Cultura, HBO, Telecine e Folha de São Paulo. Também é escritor de inúmeros dicionários e guias de cinema e vídeo.
Para consultar a coleção doada por Rubens Ewald Filho ou assistir a outros DVDs que agora integram o acervo da Cinemateca, é preciso agendar previamente.
Outra forma de celebrar as sete décadas de história é conferir a mostra “Clássicos e raros do nosso cinema”, com uma programação gratuita que traz títulos que apontam para várias fases e momentos históricos do cinema brasileiro, até 16 de dezembro. A programação completa está em www.cinemateca.gov.br.
A Cinemateca fica no Largo Senador Raul Cardoso, 207. Telefone: 3512.6111.

Na década de 1980 ocupava casas no Parque da Conceição

Na década de 1980 ocupava casas no Parque da Conceição

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