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Meio ambiente

Cidade de São Paulo não tem “lixões”

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No dia 2 de agosto, terminou o prazo para que municípios brasileiros deixem de encaminhar resíduos sólidos para “lixões”

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, estabeleceu o dia 2 de agosto de 2014 como prazo máximo para que todas as cidades brasileiras encerrassem seus lixões. A capital paulista, no entanto, já encaminha todos os resíduos a aterros sanitários há muitos anos. Neles, regras rígidas são seguidas para que não haja qualquer dano ao meio ambiente.

Obras de engenharia desenvolvidas com as mais modernas técnicas, os aterros sanitários têm o solo previamente preparado, com a instalação de uma manta de PAD (Polietileno de Alta Densidade), que impede o contato dos resíduos com o solo. O chorume decorrente da decomposição é captado e encaminhado para uma central de tratamento da Sabesp, que o transforma em água de reúso.

A cidade também aprovou recentemente seu próprio Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que prevê medidas como o aumento a coleta seletiva e redução da quantidade de resíduos produzidos, de forma que até 2033 caia de 98,2% para 20% o volume de rejeitos despejados em aterros sanitários.

Até lá, os paulistanos serão estimulados a tratar em casa os resíduos orgânicos, que correspondem a 51% das 15 mil toneladas coletadas diariamente na cidade. As recém -inauguradas Centrais Mecanizadas de Triagem de Recicláveis são outro instrumento fundamental para ampliar a reciclagem. Dessa forma, será possível prolongar a vida útil dos aterros.

A concessionária Ecourbis Ambiental, que faz a coleta domiciliar nas zonas Sul e Leste da cidade, mantém atualmente em operação o aterro chamado Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), que ocupa área de mais de 1 milhão e 100 mil metros quadrados. Desse total, apenas 34% são usados para disposição final dos resíduos sólidos urbanos, enquanto que o restante da área é destinado à proteção ambiental e revegetação de áreas remanescentes.

A CTL conta com uma estação para captação e queima centralizada do gás metano, que é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos. A queima centralizado do gás metano reduz de forma expressiva o impacto que seria causado ao meio ambiente caso ele fosse liberado na atmosfera.

A Ecourbis faz o monitoramento geotécnico e ambiental de aterros sanitários que já tiveram sua capacidade esgotada, como os de Santo Amaro, São Mateus e do Sítio São João.
Já foram plantadas milhares de árvores sobre estas áreas, vindas de viveiro de plantas próprio da concessionária – o EcoIris que produz mudas de aproximadamente 100 espécies nativas da Mata Atlântica.

Os aterros poderão ser requalificados e, decontaminados, ganha, novos usos. O antigo aterro de Sapopemba, por exemplo, desativado em 1986 e que, em 2011, foi transformado em parque e entregue à cidade.

 

Vista do Aterro Sanitário CTL Leste
A Central de Tratamento de Resíduos Leste conta com alta tecnologia para receber 7 mil toneladas diárias de resíduos, que são recobertas por camadas de solo

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