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Saúde

Brasil vive epidemia de sífilis: grávidas em risco

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Parece uma doença antiga, algo que ficou no passado… E deveria ser. Mas, o fato é que a sífilis voltou com força total e o número de casos não para de aumentar no Brasil, já pondendo ser considerado uma epidemia. Preocupa ainda mais o fato de que a sífilis congênita, ou seja, aquela adquirida pelo bebê ainda durante a gestação, também cresce vertiginosamente.
Os números vêm assustando desde 2014, mas foi neste ano que as autoridades de saúde pública decidiram fazer campanhas de conscientização da população.
Segundo o Ministério da Saúde, quase 230 mil casos novos da doença foram notificados entre junho de 2010 e 2016. No Brasil, todos os tipos de sífilis são de notificação obrigatória há pelo menos cinco anos. Dados do último boletim epidemiológico, referentes aos anos de 2014 e 2015, indicam que a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%; a sífilis em gestantes, de 20,9%; e a sífilis congênita, de 19%.
Só em 2015, foram notificados 65.878 casos de sífilis adquirida no país. Entre gestantes, em 2015, a taxa de detecção da sífilis foi de 11,2 casos para cada mil nascidos vivos, considerando um total de 33.365 casos da doença. Já de janeiro de 2005 a junho de 2016, foram notificados 169.546 casos. Com relação à sífilis congênita (em bebês), em 2015, foram registrados 19.228 casos – uma taxa de incidência de 6,5 para cada mil nascidos vivos.
Detecção
A detecção da sífilis, de acordo com o ministério, é feita atualmente no Brasil por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). No caso das gestantes, a indicação da realização do teste rápido ocorre já na primeira consulta do pré-natal – daí a importância de conscientizar mães e parceiros a iniciar o acompanhamento no primeiro trimestre da gravidez.
“Um grande desafio é o início precoce, já que culturalmente as mulheres tendem a procurar o médico apenas quando a barriga aparece, o que diminui as chances de cura da sífilis para a mãe e facilita a transmissão da doença para o bebê”, disse a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken.
São Paulo
Com o objetivo de estimular o debate e propor ações conjuntas a fim de erradicar a doença, a Secretaria da Saúde lançou a campanha virtual “Outubro Verde: Juntos Podemos Eliminar a Sífilis Congênita” para alertar a população sobre o tema, em parceria com a Sociedade Brasileira de Infectologia e com a Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo. Só no Estado, entre 1986 e junho de 2015, foram notificados 24.108 casos e 360 óbitos.
Comparando o ano de 2010 com 2014, a elevação da taxa de incidência da doença mais que dobrou, passando de 2 para 4,8 casos por mil nascidos-vivos. Outro fato observado foi o aumento no número de óbitos infantis, passando de 10 óbitos, em 2010, para 35 óbitos, em 2014.
Para obter mais informações sobre sífilis congênita e os serviços especializados disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde), inclusive endereços para testagem, ligue no Disque DST/Aids: 0800 16 25 50, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Na Vila Mariana, existe o Centro de Referência em DST/Aids, que faz testes rápidos de Sífilis, entre outras doenças, gratuitamente. Fica na Rua Santa Cruz, 81 – próximo à estação Santa Cruz. Telefone: 5087-9911.

Teste rápido pode ser feito na região, gratuitamente

Teste rápido pode ser feito na região, gratuitamente

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